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Veja trecho dos espetáculos aqui!
A Fundação Memorial da América Latina realiza, entre os dias 01 e 09 de março, o I Festival Ibero-Americano de teatro de São Paulo com o propósito de mapear a produção contemporânea das artes cênicas na América Latina, Portugal e Espanha. A curadoria é da Profa. Dra. Neyde Veneziano e todas as atividades terão entrada franca.
O evento envolve a participação de 10 países para apresentar ao público paulistano um total de 16 peças teatrais, 16 encenações de Teatro de Bolso, mesas de debates, performances e oficina de teatro. Os países participantes, além do Brasil, são: Argentina, Bolívia, Cuba, Espanha, México, Portugal, Uruguai e Itália (participação especial).
A Mostra Oficial terá dez espetáculos estrangeiros e seis brasileiros, que serão apresentados no Auditório Simón Bolívar. Os outros espaços alternativos como Foyer, Salão de Atos e Praça Cívica (onde será montado um Circo) também se tornarão palcos para apresentações.
As encenações do Teatro de Bolso acontecerão todos os dias no Foyer do Auditório, antes das sessões da Mostra Oficial, com performances de até 10 minutos (teatralizações e segmentos de textos), objetivando envolver não só o público, mas também os artistas, grupos e companhias.
Paralelamente aos espetáculos acontecem quatro Mesas de Debates, formadas por renomados e respeitados profissionais da área que discutirão o papel e a importância do teatro na América Latina, mediadas pela curadora do festival, Neyde Veneziano. Cada país participante terá seu representante para falar, trocar experiências e mostrar as tendências estético-teatrais das diversas regiões que, embora distantes entre si, têm em comum seu processo civilizatório ligado à Península Ibérica. Além disso, será realizada uma Oficina Prática com 22 vagas para os interessados inscritos, a cargo da Companhia Mínima de Teatro.
O Memorial da América Latina estima reunir um público aproximado de 16 a 18 mil pessoas entre todas as atividades, que contarão com um número específico de senhas para acesso gratuito ao público.
Programação das Atividades
Dia 1º de março – sábado
– 20h – Abertura
– 21h – Cia. Leões de Circo (RJ/BR)
Espetáculo: A Descoberta das Américas
– Coquetel de abertura do Festival
Dia 2 de março – domingo
– 19h – Cia. de Teatro-Rock (SP / BR)
Espetáculo: A Sessão da Tarde ou Você Não Soube Me Amar
– 21h horas – Cia. Teatro de Acá (Montevidéu / Uruguai)
Espetáculo: Pentágono.
Dia 3 de março – segunda
– 16h – 1ª Mesa de Debates
– 19h – Cia. Teatro Art’Imagem (Porto / Portugal)
Espetáculo: Babine, o Parvo
– 21h – Cia Tucura Cunumi & Opsis Teatro (Bolívia).
Espetáculo: Los Excéntricos De La Noche
Dia 4 de março – terça
– 16h – 2ª Mesa de Debates
– 19h – Cinema Nuovo Italiano (Itália) – Convidado Especial
Espetáculo: Una Vita per Federico
– 21h – Grupo DIXZ – (Argentina)
Espetáculo: Una Tragedia Argentina
Dia 5 de março – quarta
– 14h às 17h30 – Oficina c/ MíniCia Teatro (1° dia)
– 16h – 3ª Mesa de Debates
– 19h – Cia. Os Fofos Encenam (apresentação no Circo Fiesta)
Espetáculo: Ferro em Brasa
– 21h – Mujeres Inolvidables (Havana / Cuba)
Espetáculo: La Lupe ¿puro teatro-
Dia 6 de março – quinta
– 14h às 17h30 – Oficina c/ MíniCia Teatro (2° dia)
– 16h – 4ª Mesa de Debates
– 19h – Grupo Tapa (SP / BR)
Espetáculo: A Mandrágora
– 21h – Grupo La Cueva (Sucre / Bolívia)
Espetáculo: Alasestatuas
Dia 7 de março – sexta
– 19h – MiniCia Teatro (SP/Brasil)
Espetáculo: Melhor Não Incomodá-la
– 21h – Cia. Perez de La Fuente (Madrid / Espanha)
Espetáculo: Dónde Estás Ulalume – Dónde Estás-
Dia 8 de março – sábado
– 19h – Grupo Teatro Del Caballero (Cuba)
Espetáculo: De Paris, um Caballero
– 21h – Cia. Perez de La Fuente (Madrid / Espanha)
Espetáculo: Dónde Estás Ulalume – Dónde Estás-
Dia 9 de março – domingo
– 20h – Companhia de Teatro de Braga (Braga/Portugal)
Espetáculo: Dorotéia
Encerramento
Teatro de Bolso
Dia 1 de março – sábado
22h50 – Risoterapia
Cia. Território Brasil
Direção: Creusa Borges
Texto: Nilton Rodrigues
Dia 2 de março – domingo
18h40 – Ópera do Malandro
Cia. Promon Actor School
Direção: Péricles Martins
Texto: Chico Buarque
20h40 – A Cartomante
Cia. Paulista de Repertório
Direção: Elvira Gentil
Texto: Machado de Assis
Dia 3 de março – segunda
17h40 – O Baile
Cia. G10
Concepção: Heberth Batista
20h40 – Por trás do Retrato
Cia. Foccus
Direção: coletiva da Cia. Foccus
Texto: Bruno Akimoto
Dia 4 de março – terça
20h40 – Bruto Amor
Cia. Ronaldo Gutierrez
Concepção: Ronaldo Gutierrez
Dia 5 de março – quarta
18h40 – Dança Egípcia
Cia. Giselle kenj
Direção e Texto: Giselle Kenj
20h40 – Sharmel Sheika
Cia. Giselle kenj
Concepção: Giselle Kenj
Dia 6 de março – quinta
18h40 – Delicado
Bonatto Produções
Direção: Clayton Bonardi e Fernanda Fazzi
Texto: Nelson Rodrigues
20h40 – Óbvios, a relação do humor
Cia. Óbvios
Direção: Raphael Vele
Texto: coletivo da Cia. Óbvios
Dia 7 de março – sexta
18h40 – Panorama do Fascismo
Cia. Py
Direção: Thiago Reis Vasconcelos
Texto: Oswald de Andrade
20h40 – Apoteose Rio
Cia. NOX
Concepção: Kevin David
Dia 8 de março – sábado
18h40 – E se a gente esperasse
Cia. Artera de Teatro Experimental
Direção: Ricardo Correa
Texto Samuel Beckett
20h40 – Cenas Musicadas do espetáculo: Náufragos da Rua Constança
Cia. Antropofágica
Direção: Thiago Reis Vasconcelos
Texto: Diogo Marques e Thiago Reis Vasconcelos
Dia 9 de março – domingo
19h20 – O Açougue ou de como Frank Sinatra me emociona
Cia. do Abate
Direção: Marcelo Soler
Coordenação: Nilton Travesso
Teatro de Rua
16h – Zacarias, um artista pirotécnico
Troupe Drao
Direção e texto: Jonathan Milan e Newton Tavares
Dias: 2, 8 e 9
Sábados às 16h e domingos às18h
Programação Paralela
Primeira Noite de autógrafos:
3 de março, terça feira, a partir das 19h
Neyde Veneziano autografa livro -De pernas para o ar: Teatro de Revista de São Paulo- de sua autoria
Local: Foyer do Auditório Simón Bolívar
Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Segunda Noite de Autógrafos:
5 de março, quarta feira
Tuna Dwek – Denise Del Vecchio: Memórias da Lua
Tuna Dwek – Alcides Nogueira: Alma de Cetim
Etty Fraser – Virada Pra Lua;
Maria Lucia Candeias – Duas Tábuas e Uma Paixão;
Nydia Licia – Teatro Brasileiro de Comédia, Eu vivi o TBC;
Alcides Nogueira – O Teatro de Alcides Nogueira;
Ivam Cabral: O Teatro de Ivam Cabral;
Ariane Porto – Teresa Aguiar e o Grupo Rotunda: Quatro Décadas em Cena
Eliana Rocha – Marcos Caruso, Um Obstinado
Daniele Pimenta – Antenor Pimenta: Circo e Poesia
Mesa de Debates
MESA 1
Dia: 03/03/2008
Horário: 16 hs às 17:30 hs
TEMA: A EXPRESSÃO TEATRAL CONTEMPORÂNEA NA AMÉRICA LATINA E SUAS RELAÇÕES COM O TEATRO DA PENÍNSULA IBÉRICA
Integrantes da Mesa 1:
Gloria Levy (Uruguai)
Rui Madeira (Companhia Theatro de Braga)
Márcio Meirelles (Secretário de Cutura do Estado da Bahia)
Eduardo Tolentino (SP / Br)
Profa. Dra. Neyde Veneziano (Curadora do Festival)
MESA 2
Dia: 04/03/2008
Horário: 16 hs às 17:30 hs
TEMA: O TEATRO IBERO AMERICANO: TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE.
Integrantes da Mesa 2:
Silvana Garcia (USP / Brasil)
Gloria Levy (Uruguay)
José Leitão (Portugal)
Profa. Dra. Neyde Veneziano (Curadora do Festival)
MESA 3
Dia: 05/03/2008
Horário: 16 hs às 17:30 hs
TEMA: A PRODUÇÃO TEATRAL E A CULTURA DE MÍDIA NA AMÉRICA LATINA
Integrantes da Mesa 3:
Walter Malta (SP / Brasil)
Fernando Neves (São Paulo / Br)
Alejandro Casavalle (Argentina)
Profa. Dra. Neyde Veneziano (Curadora do Festival)
MESA 4
Dia: 06/03/2008
Horário: 16 hs às 17:30 hs
TEMA: ESCOLAS E COLETIVOS TEATRAIS: NOVAS POSSIBILIDADES PARA O TEATRO LATINO-AMERICANO.
Integrantes da Mesa 4:
Prof. Dr. José Eduardo Vendramini (ECA / USP – Brasil)
Prof. Marcelo Lazarato (Unicamp – Brasil)
Bárbara Rivero Sanchez (Cuba)
Dario Torres (Bolívia)
Profa. Dra. Neyde Veneziano (Curadora do Festival)
Oficinas
– Oficina 1
Dias 6 e 7 de março – quinta e sexta – das 14 horas às 17h30
Tema: Estudos da Linguagem no Espetáculo -Melhor Não Incomodá-La-
Coordenação: Luísa Helene
No processo de criação do espetáculo Melhor não Incomodá-la, a MiniCia Teatro investe no treinamento continuado, visando a criação de um universo técnico-poético comum ao coletivo de atores envolvidos no trabalho e, ao mesmo tempo, potencializador da linguagem desenvolvida pela encenação e dramaturgia. Os participantes da oficina poderão compartilhar com o grupo da experimentação prática de alguns aspectos da linguagem que nortearam a pesquisa. Entre eles, os conceitos de movimento, ação e convenção, assim como os elementos que compõem o movimento: espacialidade, respiração, peso, energia, e ritmo.
– Oficina 2 (complemento)
Dia 7 de março – sexta – às 18 horas
Encenação do espetáculo Melhor Não Incomodá-La
Coordenação: Giuliano Tierno
A oficina visa estabelecer a relação entre os conceitos da encenação, da dramaturgia e do espaço cênico e o resultado material da articulação de todas as frentes de trabalho na construção do espetáculo.
Contato para as oficinas: oficinasfestivalibero@hotmail.com
Sinopses dos espetáculos / Mostra Oficial
Argentina
Grupo DIXZ
Espetáculo: Una Tragedia Argentina
Direção: Alejandro Casavalle
Texto: Daniel Dalmaroni
Elenco: Pablo Carrasco, Gastón Courtade, Liliana Moreno, Carolina Refusta e Jorge Sabaté
Sinopse: comédia negra sobre segredos de uma família, cujos membros vivem, diariamente, em meio à hipocrisia e à dissimulação. Uma pergunta de um dos personagens desencadeia inúmeras confissões, gerando feridas nos corpos e nas almas de cada um. O resultado de um profundo desejo de refletir sobre nossas verdades. Nem todos estão preparados para enfrentá-las, mas vale a pena provocar-se e provocá-las para que a tragédia no palco, bem como o humor, reflita sobre a vida real.
4 de março – terça, 21h, platéia B
Bolívia
Cia Tucura Cunumi & Opsis Teatro
Espetáculo: Los Excéntricos De La Noche
Direção: Glenda Rodriguez
Texto: Nicolàs Dorr
Elenco: Yovinca Arredondo, Guillermo Sicodowsca
Sinopse: Como nos livrarmos das armadilhas do passado, das amarras desta cadeia que nos arrastam dia-a-dia e são mais pesadas e mais difíceis de largar- O que seríamos sem elas- O que aconteceria se as desejássemos, se nos libertássemos delas, se abríssemos uma janela, uma porta e respirássemos ar- Será que somos corajosos o suficiente para enfrentarmos a vida sem nada, sem memória, sem passado-
Carucha Grandal é uma professora de canto decide acabar con sua tormentosa melodia, é quando, inesperadamente, alguém bate em sua porta…
Cia. Teatro La Cueva
Espetáculo: Alasestatuas
Direção: Darío Torres e Enrique Gorena
Texto: Enrique Gorena com textos de Dário Torres
Elenco: Paola Omã, Cecilia Campos, Francisco Barriose Alejandro Gonzalez
Sinopse: Alguns eventos que ocorrem no cosmos, também acontecerão na terra como no dia em Aniceto viu. Mario e Aniceto, não sabiam, mas a partir dessa manhã os dois indivíduos foram preparados. Trabalhavam com suas mãos e saudaram suas testas com o Pão, que encheu seus estômagos, mas não suas almas. Relativamente esse quadro foi um pouco decepcionante, já havia passado, em virtude de este vácuo, Aniceto com idéias e Mario com o esforço, ambos descobriram o enigma e os mistérios da palavra, que transcenderam questões para o resto das suas vidas.
Brasil – Rio de Janeiro
Leões de Circo Pequenos Empreendimentos
Espetáculo: A Descoberta das Américas
Texto: Dario Fo
Tradução e adaptação: Alessandra Vanucci e Júlio Adrião
Direção: Alessandra Vanucci
Elenco: Júlio Adrião
Sinopse: Johan Padan, um Zé Ninguém malandro, embarca por engano em uma das caravelas de Cristóvão Colombo, após ter sua namorada bruxa assada pela Inquisição. No novo mundo, ele sobrevive a um naufrágio, aprende a língua dos nativos, é preso e quase engolido pelos índios. Safa-se fazendo “milagres”. Guia um exército indígena que expulsa os invasores. O ator Júlio Adrião conta, por meio de mímicas, a triste história da ocupação das Américas e dos massacres dos índios. No monólogo não há cenário, nem sons, nem efeitos de luz, nem mudança de figurino. O narrador atua num estado de emergência, movido pela cruel e engenhosa economia da fome do protagonista, que quer sobreviver para narrar sua história. Para interpretar todos os personagens, inclusive peixinhos, índios, espanhóis, cavalos, galinhas, Jesus e Madalena, ele estabelece um pacto de cumplicidade por meio do vocabulário mímico (imagens, gestos e máscaras) e sonoro (palavras, ruídos, onomatopéias), que tende a substituir a fala.
Brasil – São Paulo
Cia. Os Fofos Encenam
Espetáculo: Ferro em Brasa
Direção: Fernando Neves
Texto: Antonio Sampaio
Sinopse: Uma jovem aldeã descobre, às vésperas de seu casamento, que seu futuro marido está apaixonado por sua mãe. Ao descobrir o caso, seu pai assassina brutalmente os dois amantes, deixando-a órfã e sem marido. Apesar da roupagem cômica, a contundência do drama familiar presente no texto original foi preservada por Moreno que, em parceria com o diretor Fernando Neves, optou por dar visibilidade à questão da violência contra a mulher. “Em torno desse ato que segue impune, o autor constrói toda a história. Os medos, aflições e opressões inerentes à personagem feminina que ousa romper convenções se fundem formando o eixo central da narrativa”, explica o dramaturgo. Escrita, em 1926, pelo dramaturgo Antonio Sampaio, a peça foi adaptada, em 2006, por Newton Moreno para a companhia teatral Os Fofos Encenam. Reconhecida pelo apego à estética circense e pelas montagens tragicômicas, a companhia empresta toques de humor ao melodrama Ferro em brasa.
Brasil – São Paulo
Cia. de Teatro-Rock
Espetáculo: A Sessão da Tarde ou Você Não Soube Me Amar
Direção: Fábio Ock, Fezu Duarte e Marcos Okura
Texto: Marcos Ferraz
Elenco: Bia Borin, Daniela Cury, Fernanda Bellinati, Ivan Parente, Luiz Araújo, Marilice Consenza, Melissa Garcia, Paula, Flaiban, Rosy Aragão, Velson D´ Souza, Vinicius de Loiola e Willian Anderson
Sinopse: Comédia musical que mostra a trajetória um grupo de jovens de uma banda em busca do sucesso. Os acontecimentos são narrados pela irmã de um dos integrantes, que relembra momentos dessa trupe. A trama do musical é conduzida pelas melodias que invadiram as rádios dos anos 80, músicas de artistas e grupos que se tornaram conhecidos a partir daquela década. A peça recebeu o Prêmio FEMSA/Coca-Cola de 2006, na categoria especial pelo conjunto de canto, interpretação e coreografia do elenco. A encenação é resultado da aplicação do conceito de que o ator é instrumento fundamental e essencial da montagem, priorizando a criação do ator e sua contribuição constante no processo de ensaio e ao longo da temporada. Apesar de a direção coletiva indicar os caminhos, são os atores que caminham e preenchem o espaço vazio da obra. Isso transforma o espetáculo numa obra viva e mais próxima do teatro que conhecemos.
Brasil – São Paulo
Grupo Tapa
Espetáculo: A Mandrágora
Direção: Eduardo Tolentino
Texto: Nicolau Maquiavel
Sinopse: Um jovem e rico italiano faz-se passar por médico para conquistar o amor de uma mulher casada que sofre por não conseguir engravidar. Com o consentimento do marido, do padre e da mãe da moça, o falso doutor receita um suspeito tratamento à base de uma raiz conhecida por suas propriedades afrodisíacas: A Mandrágora. Essa comédia de Maquiavel ganha mais vida na direção de Eduardo Tolentino. Escrita em 1503 por Nicolau Maquiavel, A Mandrágora é considerada um marco do teatro ocidental. É a mais perfeita tradução para a famosa expressão “os fins justificam os meios”, que rotulou o autor durante toda a sua trajetória. A conquista amorosa, com suas urgências e exaltações, servem como pretexto para desenvolver um tratado prático e saboroso sobre estratégia política, sua a arte de envolver, manipular, convencer e, por fim, conquistar um objetivo.
Brasil – São Paulo
MiniCia Teatro
Espetáculo: Melhor Não Incomodá-la
Direção: Giuliano Tierno
Texto: Rui Calvo
Dramaturgia: Rui Calvo – a partir do conto de Júlio Cortàzar
Sinopse: Alejandro morre em um acidente de carro e seus irmãos e tios não acham conveniente contar a Mamãe, que tem a saúde tão debilitada. Até o Dr. Bonifaz, médico da família, recomenda que lhe poupem da notícia fúnebre. Mesmo Maria Laura, noiva do defunto, após hesitar muito, percebe que a melhor escolha é aceitar que Alejandro está no Brasil, a trabalho, e não poderá voltar tão cedo a Buenos Aires. Essa “piedosa comédia” se estende por mais de um ano. Cada qual assume um papel diferente e fundamental na trama. Uma realidade construída com tanta contundência que talvez não possa se findar. Nem mesmo se Mamãe já não lhe desse crédito… Talvez nem diante da morte de um outro membro da família… Nem que se findasse a própria razão da comédia. Melhor não Incomodá-la parte do conto de Júlio Cortàzar para a construção de uma cena metateatral em que o jogo dos atores diante do público, no tempo presente, é análogo ao jogo ficcional das personagens, em que uma família representa (ou encena) uma nova realidade com o pretexto de preservar sua matriarca (ou a si próprios-) da “dura e verdadeira realidade” da morte do filho. Na mesma medida em que os atores buscam convencer o público de que são as personagens, estas desejam convencer Mamãe de que Alejandro, o filho morto em um acidente de carro, está viajando a trabalho e não poderá retornar tão cedo. Mas, em ambos os casos, tanto o espectador como Mamãe podem saber que tudo não passa de um jogo.
Cuba
Cia. Mujeres Inolvidables
Espetáculo: La Lupe ¿Puro Teatro-
Direção: Bárbara Elba Rivero Sánchez
Texto: Roberto Pérez León
Atriz: Monse Duany
Sinopse: A peça conta um trecho da história de La Lupe, uma cantora extremamente popular. Mostra-se o local onde a artista começou sua carreira e obteve sua consagração. O espetáculo não foi concebido com uma esplêndida visualidade. Muito pelo contrário. O diretor opta pela simplicidade e veemência. O interessante para Barbara Rivero é confrontar uma série de momentos cruciais na vida de La Lupe. Para isso, ela reconstrói o sítio onde a cantora começou sua carreira e repassa as perigosos vicissitudes de sua trajetória.
Cuba
Grupo Teatro Del Caballero
Espetáculo: De Paris, Um Caballero
Direção: José Antonio Alonso e Irene Borges
Ator: José Antonio Alonso
O espetáculo solo de José Antonio Alonso rende homenagem à lendária figura de El Caballero de París. O monólogo do ator José Antonio Alonso ganhou vários prêmios: Melhor Conjunto de Encenação e Prêmio “Terry” no Primeiro Festival de Monólogos, realizado na cidade de Cienfuegos, em 2003; e Melhor Encenação, Melhor Desempenho Masculino e Melhor Trilha Sonora no Festival Nacional de Teatro, realizada na cidade de Santa Clara.
Espanha
Cia. Perez de La Fuente
Espetáculo: ¿Dónde Estás Ulalume, Dónde Estás-
Diretor: Juan Carlos Pérez de La Fuente
Texto: Alfonso Sastre
Elenco: Chete Lera, Zutoia Alarcia, Camilo Rodriguez
Sinopse: Fantástica reconstrução dos últimos dias de Edgar Allan Poe. Ela sente um fraco entusiasmo, antes de terminar definitivamente doente e triste. O poeta se lança na noite da cidade de Baltimore e perde a consciência cercado por fantasmas e horrores do delirium tremens. Afogado em álcool e em meio à crise de melancolia, carrega a perda definitiva de sua querida Virgínia, a mulher-menina, transformada em Ulalume no belo e espantoso poema de Poe. Um texto imprescindível do grande dramaturgo, Afonso Sastre. Este drama, nas palavras de seu autor, é também uma homenagem de admiração por Edgar Allan Poe.
Itália – Convidado Especial
Cinema Nuovo Italiano
Espetáculo: Una Vita Per Federico
Direção e texto: Arturo Mingardi
Sinopse: Da Idade Medieval à Idade Moderna a montagem fala da historia de uma protagonista: Costanza D’Altavilla. A obra é composta de uma série de eventos que visam proporcionar uma visão sobre a cultura e a história dos normandos na Sicília no século XII e XIII. Eles engrandeceram o sul de Itália e lançaram as bases da economia, da religião e do pensamento ocidental moderno. A peça mostra que o que é crucial para toda a Itália e sua importância desperta grande interesse na Europa e no Mediterrâneo. É bom especificar que esta proposta representa – talvez pela primeira vez na história da região siciliana – a cultura, a arte e a ciência de um povo em todo o seu esplendor; a emblemática da produção artística siciliana deu um modelo metodológico de restauro e conservação à cultura italiana.
México
Compañia Miranda
Espetáculo: El Solitario de Pessoa
Texto e direção: Cordelia Dvorák
Elenco: ErandoGonzález, Arnoldo Picazzo, Carlos Orozco, Antonio Salinas e Aída López
Sinopse: El Solitario de Pessoa é um espetáculo interdisciplinar entre o teatro e a música.Um vendedor de livros, também poeta que iça as velas do pensamento até o imaginário: “Queria levar ao papel meus diálogos e dramas internos”! É uma experiência dramática que convida a uma reflexão lúdica e onírica sobre a vida, com a suposta identidade e os vários papéis nela desempenhada. “Quantos sou e quem sou- O que é esse intervalo que existe entre eu e eu”. Um gabinete de espelhos com múltiplas faces poéticas do pensamento e da linguagem do grande Fernando Pessoa. Um jogo solitário entre diferentes egos, colocados em cena. Um contínuo jogo de máscaras e personagens que fogem da pesada existência, sempre a beira da loucura.
Portugal
Cia. Teatro Art’ Imagem
Espetáculo: Babine, o Parvo
Direção: José leitão
Texto: Leon Tolstoi
Tradução e poemas: Luíza Neto Jorge
Elenco: Anabela Nóbrega, Ângela B. Marques, Pedro Carvalho e Valdemar Santos.
Sinopse: Lá vai Babine, de terra em terra, percorrendo os vastos caminhos da Rússia. E como todos sabem, são muitos países juntos. À procura de outros lugares e pessoas nas mais inesperadas situações. Babine pretende fazer novas amizades, mas nunca encontra as palavras certas para que os desconhecidos aceitem de bom grado a sua presença. Diz coisas inconvenientes às situações que encontra. Sua mãe, mulher e irmã dão-lhe conselhos, só que tarde demais. No final, Babine acaba por entender, à sua custa, que deve pensar pela sua própria cabeça. É um espetáculo de teatro e multimídia, falado em português e russo, com uma grande componente visual e musical.
Portugal
Cia. de Teatro de Braga
Espetáculo: Dorotéia
Autor: Nelson Rodrigues
Direção: Rui Madeira
Elenco: Carlos Feio, Jaime Soares, Mónica Lara, Rogério Boane, Rui Madeira e Solange Sá
Mais do que uma denúncia contra a cultura e o fundamentalismo (instalado nos poderes) que enaltecem a doença e o sofrimento, Dorotéia – de Nelson Rodrigues – mostra, por meio de um sarcasmo brutal, a acusação contra a culpabilização da sexualidade e contra o culto da apologia da morte. Acometida de uma fúria verdadeira, une a sátira, o trágico e o cômico, expondo a violência dos paradigmas do matriarcado, na sua vertente mais católica e mediterrânica.
Uruguai
Cia. Teatro de Acá
Espetáculo: Pentágono
Direção: Gloria Levy
Texto: Dino Armas
Sinopse: A peça mostra conflitos não só nossos, mas de origem universal: a situação dos idosos rejeitados pelos mais jovens, a ambição e o poder, o confronto entre pais e filhos etc. E em especial, o impulso vital necessário para enfrentarmos todas as fases da vida com as novas motivações e projetos. Intimista e emocional espetáculo que nos aproxima à essência humana e ao resgate da vida e do amor. O livro de Dino Armas conta com uma história longa e dramática. Este é um método simples e emocional para revelar os seus personagens com o mínimo de retoques nos pontos mais sensíveis das experiências de cada um. A ação descrita ocorre na primeira metade da década de 80 e apresenta uma nova visão de um velho tema: velhice quee relegou a luta pela utopia. Os caracteres que compõem o livro deixam nua a verdade: quase ninguém quer olhar para o seu rosto, em vez de esperar pelo crepúsculo da sua vida calma e em paz, a turbulência, o pesadelo do passado e, sobretudo, o desdém que a sociedade provoca a um idoso inseguro e cheio de dúvidas
Veja trecho dos espetáculos aqui!
I Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Portão 12
Barra Funda/SP – Tel: (11) 3823-4600
Toda a programação é gratuita
(Diariamente, a partir das 14h, será distribuído um número limitado de senhas p/ acesso gratuito)