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Em celebração ao Día de Los Muertos, o Memorial da América Latina em parceria com o Consulado Geral do México, deram início, no dia 4 de novembro, à festividade, com a Exposição dos Altares Mexicanos, na Galeria Marta Traba.
A mostra é gratuita, sob curadoria do Arthur Jorge Santos Lima e co-curadoria de Adriana Beretta, e propõe a reflexão sobre contrastes entre Brasil e México, em relação a sentimentos e rituais ligados a morte, ativando memórias da América Latina. A exibição permanecerá aberta ao público até 12 de novembro.
No primeiro dia (04/11) de abertura da exposição pelo menos 8.636 pessoas passaram pela Galeria e prestigiaram todos os altares. No domingo (05/11), foram 12.473 visitantes.
Dividida em cinco sessões, a mostra traz quatro altares mexicanos e diversos ambientes que visam inserir o visitante no universo imaginário da cultura mexicana. A exposição tem início com uma conexão direta com a crença asteca, que associa a chegada das borboletas monarcas à vinda dos espíritos para as celebrações do Dia dos Mortos.
O ambiente seguinte guia os visitantes até os altares de festividade, que têm a intenção de ilustrar a celebração da vida e da morte no contexto do Dia dos Mortos. Pontos centrais da mostra, esses altares foram criados pelo Memorial do América Latina, pelo Centro Paula Souza e pela Escola México de São Paulo, aprofundando ainda mais a representação da tradição e dos valores por trás dessa celebração.
No centro da exposição, a coluna apresentará uma montagem de Omeyocan, conceito asteca do paraíso celestial, e Mictlan, o mundo dos mortos, retratando a origem asteca. O espaço incorporará o sol, a lua e as estrelas, além de elementos astecas como a “joia peitoral do vento”, usada pelo deus Quetzalcóatl, representando as crenças pré-hispânicas conectadas à natureza, ciência e observação.
Outro ambiente criado para exposição diz respeito ao Campo Santo, espaço que convida à reflexão sobre a visão contemporânea dos cemitérios no Brasil, questionando por que muitas vezes são associados a tristeza e luto. A ênfase será colocada na beleza e na ideia de infinitude da vida, buscando explorar um contraponto positivo e inspirador.
Por fim haverá um recanto dedicado à Catrina e ao Catrin, os símbolos feminino e masculino que representam a celebração da vida e da morte com um toque alegre e irreverente. A mensagem principal é lembr
ar a todos que a morte é uma parte intrínseca da jornada humana e deve ser aceita com humor e respeito.
A visitação pode ser feita nos dias 4 e 5 (sábado e domingo), das 11h às 21h, e do dia 7 ao dia 12 de novembro, das 10h às 17h.