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A Fundação Memorial da América Latina inaugura a exposição “1968: Do sonho ao pesadelo”, na abertura do Seminário “1968 – Ecos na América Latina”, em 9 de junho, que tem o apoio do Grupo Estado. A mostra fotográfica percorre os vários momentos da “revolta dos estudantes ao fim das liberdades democráticas”, como reza o subtítulo do livro homônimo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
As imagens são dos fotógrafos dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde em 1968, após um cuidadoso levantamento no arquivo do Estadão. Além das brasileiras, há fotos marcantes de agências internacionais sobre aspectos da vida contemporânea da época. A curadoria é de José Alfredo Vidigal Pontes. Ele teve à sua disposição uma equipe de profissionais, entre eles, o arquiteto e museólogo Julio Abe Wakahara (design), a historiadora Regina Mara Teles (pesquisa de imagens) e os jornalistas Anélio Barreto e Lúcia Carneiro (texto).A supervisão geral coube a Rodrigo Lara Mesquita.
Fala-se muito nas passeatas do Rio de Janeiro e de São Paulo, mas o itinerário das fotos demonstra que os protestos se espalharam por todo o Brasil, incluindo as cidades de Porto Alegre, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Osasco e, naturalmente, Brasília. Imagens antológicas, como a famosa “Passeata dos 100 mil”, da qual participaram intelectuais e artistas, a repressão ao Congresso da UNE, em Ibiúna, e a batalha entre alunos da Faculdade de Filosofia da rua Maria Antonia e da Mackenzie fazem parte da exposição.
As imagens em preto e branco revelam um país polarizado, no qual os ocupantes do governo não estão em sintonia com os anseios da sociedade. As câmeras dos repórteres fotográficos do Grupo Estado captaram essa fase turbulenta e formaram um acervo de imagens que são um patrimônio da história brasileira.
Exposição “1968: Do sonho ao pesadelo”
Fotos do acervo do Grupo Estado
Abertura: 9 de junho de 2008, às 19h
Local: Centro de Conveções do Memorial
Obs: a mostra fica no local até o dia 10 e depois transfere-se para o saguão da Biblioteca Latino-americana Victor Civita, onde fica por mais 30 dias.
Horário de visitação: Segunda a sexta, das 9 às 18h. Sábado, das 9 às 15h.
ENTRADA FRANCA