Por Isabella Vilela


O Equador é um país onde os contrastes se encontram com intimidade. Em poucos quilômetros, a geografia desenha praias, selvas tropicais, montanhas andinas e cidades que guardam séculos de história. Ao mesmo tempo, com mais de 18 milhões de habitantes, o Equador contemporâneo é um país vibrante e em constante transformação. Suas principais cidades, como Quito e Guayaquil, concentram vida urbana e econômica, enquanto cidades como Cuenca se destacam pela qualidade de vida. Uma curiosidade que surpreende muitos visitantes: o país utiliza o dólar americano como moeda oficial.
Em visita ao Memorial da América Latina, o cônsul do Equador em São Paulo, Eduardo Durán, compartilhou conosco aspectos essenciais do país que representa — um território pequeno em tamanho, mas imenso em diversidade, cultura e memória.
“O Equador é um país cuja característica essencial é a diversidade proporcionada por sua geografia. Não há destino turístico no mundo onde, em 250 mil quilômetros quadrados, seja possível encontrar em poucos minutos de voo ou poucos quilômetros por estrada, paisagens com praias lindas, selvas tropicais, vales temperados e até montanhas andinas com neves eternas. Tudo isso acompanhado de uma gastronomia, vestimenta e costumes muito diferenciados”, atesta.
O valor histórico e natural do país também impressiona. Quito, com seu centro colonial — o maior das Américas — foi a primeira cidade do mundo a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Cuenca, por sua vez, foi eleita em 2025 a melhor cidade para viver na América do Sul, segundo os dados da plataforma Numbeo.
E há ainda as Ilhas Galápagos, reconhecidas como Patrimônio Natural da Humanidade. Um museu vivo da biodiversidade, onde Charles Darwin observou os processos que o levariam a formular a teoria da evolução das espécies.
Outro ponto importante a saber é que a tradição histórica de Quito é cheia de iniciativas marcantes. “Foi a partir da capital equatoriana que se descobriu o rio Amazonas. Uma expedição hispano-indígena adentrou as selvas no ano de 1541 e, sob a condução de Francisco de Orellana, descobriu o rio que hoje é um elo de unidade e cooperação entre o Brasil, o Equador e os estados que hoje compartilham os afluentes amazônicos”, enfatiza o cônsul Eduardo Durán.
Além disso, também em Quito, no dia 10 de agosto de 1809, teve início o processo de independência hispano-americana, sendo a insurreição quiteña o estopim do movimento libertador da América espanhola. Por isso, Bolívar chamou Quito de “a primogênita da liberdade”.