Decreto nº 51865, publicado hoje, 4 de junho, no Diário Oficial de São Paulo, estabelece que a Escola Estadual Parque das Nações Unidas passa a se chamar Escola Estadual República Argentina. Inaugurada em 25 de abril de 2001, a unidade de ensino tem 1406 alunos do 5º ao 8º do ensino médio e do programa de Educação de Jovens e Adultos (antigo supletivo).
Os próximos países a batizarem escolas paulistas serão a Colômbia e o Peru. Há em São Paulo 23 escolas cujos nomes são homenagens a países ou personalidades latino-americanas. Essa é uma estrada de mão dupla, pois as escolas são “adotas” pelo consulado dos respectivos países, que as apoiam de diversas maneiras.
Por exemplo, neste mesmo dia, 4 de junho, o consulado do México entregou 700 camisetas para compor o uniforme escolar da Escola Estadual México. Ao evento compareceram o embaixador do México no Brasil, André Benavides, ao lado do cônsul-geral daquele país em São Paulo, Salvador Arriola, e o presidente da Associação Mexicanos São Paulo (Amesp). Desde que “adotou” a escola, em 2002, o consulado já doou livros, computadores e impressoras.
Em 23 de maio passado ocorreu outra ação semelhante. Na ocasião, a primeira-dama do Panamá, Vivian Fernández de Torrijos, que acompanha seu marido, o presidente Martín Torrijos Espino, em visita oficial ao país, compareceu à a solenidade de troca de nome da Escola Estadual Jardim Bronzato, na Zona Sul, que passou a se chamar Escola Estadual República do Panamá. Inaugurada em fevereiro deste ano, essa unidade educional ganhou do goveno panamenho computadores e livros, além do apoio permanente da cônsul-geral do Panamá em São Paulo, Maria Estela de la Guardia.
O recente aumento dessas homenagens aos países e personalidades latino-americanos deve-se ao movimento dos cônsules latino-americanos acreditados em São Paulo. Com o incentivo do presidente do Memorial, Fernando Leça, eles criaram o Grulac, Grupo de Cônsules da América Latina e do Caribe, que visa justamente aumentar a colaboração entre as representações diplomáticas latino-americanas e caribenhas de São Paulo e a cultura e o ensino público do país. Articulado ao Memorial da América Latina, o Grulac pretende colaborar com a implantação da Lei Federal 11.161/2005, que torna obrigatório o ensino de espanhol no país até 2010.
Primeira-dama no Memorial
Vivian Fernández de Torrijos, a primeira-dama da República do Panamá, esteve no Memorial em visita oficial, em 24 de maio. Ela foi recebida pelo presidente da instituição, Fernando Leça, acompanhado de sua esposa, Miriam Nascimento, e dos demais diretores do Memorial. No Salão de Atos Tiradentes, Vivian Torrijos, no âmbito da primeira-dama, assinou um “memorando de entendimento” com o Memorial visando o intercâmbio cultural e doou um quadro de seu país, que passa a integrar o acervo do Memorial.
Entre as atividades previstas pelo acordo, está uma grande exposição no Memorial sobre o Panamá. “Vamos expor a nossa arte tradicional, conhecida como “molas”, e falar do Canal”. Vivian mostrou-se entusiasmada com o projeto de duplicação do Canal do Panamá, que irá dinamizar a economia do país. “O evento no Memorial pode contribuir para que as pessoas não só conheçam a nossa história, como também o potencial turístico do Panamá”, explicou.
Do Salão de Atos a primeira-dama foi até o Pavilhão da Criatividade, onde conheceu o rico acervo de arte popular de vários países latino-americanos, como Bolívia, Peru, Equador, México e Guatemala. Conversando com Maureen Bisilliar, curadora do espaço, ela informou que providenciará exemplos do artesanato do seu país para figurar no Pavilhão.
Fernando Leça e Vivian Torrijos ao lado de quadro doado pela primeira-dama do Panamá.