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Saiba mais sobre o Pholia no Memorial
Pelo menos 20 mil pessoas passaram pelo pholiódromo montado na Praça Cívica, nos dois dias do Pholia no Memorial 2008. Promovido pela Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos do Município de São Paulo, ABBC, em parceria com o Memorial da América Latina, o Pholia no Memorial é o pré-carnaval oficial da cidade. Em cada um dos dias, seis blocos e bandas se revezaram no comando da alegria, agitando o público da arquibancada montada especialmente para o evento. Com isso, o Memorial cumpre seu objetivo de se abrir à comunidade local e levar ao público as diferentes manifestações culturais da América Latina, o que naturalmente inclui a brasileira.
Entre as pessoas que conferiram prestigio ao evento com a sua presença, vale mencionar o cientista e compositor Paulo Vanzolini (foto acima, abraçado por um sambista). Aos 83 anos, o autor de “Ronda” deixou seus répteis (sua outra paixão) para participar do carnaval no Memorial. O zoólogo Vanzolini até hoje colabora com o Museu de Zoologia da USP, onde montou uma coleção para estudos de 230 mil répteis. As cantoras Yara Marques e Adyel Silva também prestigiaram o evento.
Pode-se afirmar que a tônica do carnaval no Memorial é a diversidade. No sábado, a comunidade boliviana residente em São Paulo manifestou seu desejo de se integrar à sociedade por meio do calendário festivo. Caíram no samba. Devidamente fantasiados, dançaram seus ritmos tradicionais, como as morenadas e diabladas. Enquanto desfilavam pelo pholiódromo, eram acompanhados por milhares de compatriotas nas arquibancadas.
Outro destaque foi a comunidade japonesa, que se organizou no bloco Salve Simpatia. Orientais, descendentes e amigos de outras origens brincaram a valer para comemorar o centenário da imigração japonesa ao Brasil. A profusão de raças que forma o novo país mais uma vez mostrou que a música, a dança, enfim a arte e a alegria, são os grandes elementos de integração e paz social.
Mulheres trajando comportados quimonos com criança no colo, jovens com roupas nem tão comportadas sambando feito gente grande (algumas nem falavam português), todas lideradas pela exuberante mestiça com uma faixa no peito dizendo Princesa Wa No Samba.
No domingo, dia 27 de janeiro, os destaques foram Acadêmicos da Melhor Idade, comfoliões acima dos 65 anos, e os universitários dos Acadêmicos de São Paulo. Mais uma vez a alegria tomou conta do Memorial.