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“Natal das Nações” é o nome do concerto que a Fundação Memorial da América Latina apresenta no dia 17 de dezembro de 2010, sexta-feira, com entrada franca. Trata-se de um espetáculo de coro e orquestra promovido pelo tradicional Collegium Musicum de São Paulo, o grupo coral independente mais importante de São Paulo. Muito mais que um mero show de música natalina, muito comum este ano, é uma oportunidade para conhecer o prestigiado trabalho musical da instituição fundada em 1961 e atualmente dirigida pelo maestro Abel Rocha.
Além dos 40 coralistas, o Collegium contará com a participação de cinco solistas: a soprano Manuela Freua, as mezzo-sopranos Magda Painno e Silvia Tessuto, o tenor Bruno Facio e o baixo Carlos Eduardo Marcos. No repertório, peças sacras como Oratório de Natal, de Camille Saint-Saens; Magnificat, de Domenico Cimarosa (inédito em São Paulo); e clássicos natalinos, como Venez Vit, The Holy City, Santa Claus Is Coming To Town, Bendicamos Al Altíssimo, Noite Azul e Natal Brasileiro. No dia seguinte à apresentação no Memorial, sábado, o Collegium Musicum repete a dose no Foyer do Auditório Ibirapuera, às 17h, com entrada igualmente gratuita.
Histórico premiado
Fundado em 1962 por Ronaldo Bologna (primeira turma na foto ao lado), teve como regente, de 1963 a 1983, o maestro Roberto Schnorrenberg. Desde 1983, o maestro Abel Rocha é o diretor artístico do grupo.
Especializado no repertório pré-clássico o Collegium Musicum vem afirmando cada vez mais sua versatilidade e seu ecletismo, sendo convidado a participar de programas de televisão e rádio, espetáculos teatrais, concertos sinfônicos e óperas, além de manter a produção de seus próprios concertos, encontros e festivais.
Nos anos de 1964, 1965, 1987, 1995 e 2003, o Coral e seus maestros foram premiados como melhor Regente e melhor Conjunto Coral da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1996, conquistou o terceiro lugar no Concurso Nacional de Corais de São Paulo, dentre mais de 30 grupos participantes. Nos anos de 1999 e 2002 foi indicado ao Prêmio Carlos Gomes na categoria “Destaque coros e conjuntos vocais”.
Em 2004, 2005, 2006, 2007 e 2009 realizou vários concertos com obras sinfônicas, com destaque para Postais Paulistanos, Nona de Beethoven, Requiem de Mozart e Carmina Burana.
Abel Rocha
Doutor em Música pela Universidade de Campinas (Unicamp). Em 1990, transferiu-se para a Alemanha onde, com bolsa de estudos da Fundação VITAE fez seu mestrado em Regência de Ópera junto à Opernschule da Robert-Schumann Musikhochschule, em Düßeldorf. Formou-se bacharel em composição e regência pelo Instituto de Artes da Unesp. Foi aluno de Hans Kast, Roberto Schnorrenberg e Eleazar de Carvalho.
Após seu retorno ao Brasil, foi responsável pela regência e direção musical das óperas "Il Combattimento de Tancredi e Clorinda", "L’Orfeo", "Il Ballo delle Ingrate”, de Claudio Monteverdi, "Le Nozze de Figaro" e "A Flauta Mágica”, de Mozart, "Il Barbieri di Seviglia" (Rossini), "Carmen" (Bizet), “Alcina” (Haendel), "Il Campanello di Note" e "L’Elisir d’Amore" (Donizetti), “Gianni Schicchi”, "Madama Butterfly" e "La Boèhme" (Puccini), “Voix Humèine" (Poulenc), "La serva e l’ussero" (Ricci), “I Pagliacci” (Leoncavallo), “Dido e Aeneas” (Purcell), "il Telefono" (Menotti) e as estréias mundiais de “Anjo Negro" (João Guilherme Ripper), "A Tempestade", (Ronaldo Miranda) e “Brasil outros 500”, ópera em comemoração aos quinhentos anos de descobrimento do Brasil, de Millor Fernandes e Toquinho.
Em junho de 2008 foi responsável pela direção musical e regência da primeira produção brasileira de “Pelleas et Melisande”, de Debussy, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. E em outubro de 2009, dirigiu “Erwartung”, de Schoenberg no mesmo teatro.
Nos últimos anos esteve à frente dos seguintes corpos musicais: Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Nova Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica de Brasília, Camerata Antiqua de Curitiba, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Sinfônica de Santos, Sinfônica de Ribeirão Preto, Sinfonia Cultura, Sinfônica Paulista, Orquestra Experimental de Repertório, Sinfônica Municipal de São Paulo, Orquestra Jazz Sinfônica, Orquestra Sinfônica do Paraná, Sinfônica de Londrina e Sinfônica da Bahia, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP) e Orquestra de Câmara da Unesp.
Foi professor e regente em diversos festivais de música, como por exemplo de Campos do Jordão, Londrina, Maringá, Curitiba e Santa Catarina.
Como regente de balé regeu as estréias brasileiras de “Copélio, o Mago” – coreografia de Marcia Haydèe – e "Viva Rossini", de Tindaro Silvano, frente à Orquestra Sinfônica do Paraná e Balé Teatro Guaíra. Em dezembro de 1998 regeu "Baile na Roça", com o Balé da Cidade de São Paulo e Sinfonia Cultura, com gravação para a TV Cultura. Frente à Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e ao Cisne Negro, foi responsável pela estréia de “Atmosferas”, balé de André Mehmari, em 2006.
Produziu e apresentou a série “Madrigalia” para a Rádio Cultura, com gravações exclusivas para o programa apresentadas pelo “Collegium Musicum de São Paulo”, tendo já realizado diversos especiais para a Rádio e TV Cultura, como por exemplo o “Vespro della beata Vergine”, de Claudio Monteverdi, em 2000.
Atua também como diretor musical para teatro e shows, e seus últimos trabalhos foram a direção musical de: “Evangelho segundo Jesus Cristo”, “Mãe Coragem”, “Pantagruel”, “Sardanapalo”, “Brasil Outros 500” de Millor Fernandes, “Acordes Celestinos”, "Não escrevi isto", “A Cor de Rosa”, "HAIR" e o projeto “Happy happy Hour” do Parlapatões, no TBC. Trabalhou com os diretores Naum Alves de Souza, José Possi Neto, Roberto Lage, Iacov Hillel, Hugo Possolo, José Rubens Chachá, Willian Pereira, Jorge Fernando, Jorge Takla, dentre outros. Como regente e arranjador para música popular, regeu shows com Airto Moreira, Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Zizi Possi, Naná Vasconcelos, Fortuna, Chitãozinho e Xororó, Alexandre Pires, Edson Cordeiro, Fabio Jr, e Toquinho.
Dentre os prêmios recebidos, destacam-se o de Melhor Regente Coral nos anos de 1987 e 1995 outorgados pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, o 1º lugar no "VIII Concurso Nacional de Corais do Rio de Janeiro -1982" e o 3º lugar no "I Concurso Nacional de Corais de São Paulo -1996". Indicado para o Prêmio Carlos Gomes nos anos de 1999 e 2001, na categoria Destaque Grupo Coral.
Durante o ano de 2001 foi responsável pela coordenação e direção musical do projeto “Sinfonia — Concertos para jovens”, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, série de 48 concertos da Sinfonia Cultura para a Rede pública de ensino.
Foi regente do Theatro Municipal de São Paulo de 1987 a 1990. Foi presidente da Aparc – Associação Paulista de Regentes Corais – de 2000 a 2004. Foi Diretor Artístico e Regente Titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo de 2004 a 2009.
Atualmente é Diretor de voz e Maestro residente da Cia Brasileira de Ópera, regente do Collegium Musicum de São Paulo, professor do Instituto de Artes da Unesp e professor de regência da UniFIAM/FAAM.
Programa:
– Oratório de Natal, C. Saint-Saens
– Magnificat, D. Cimarosa
– Venez Vit
– The Holy City
– Santa Claus is coming to Town
– Bendicamos al altissimo
– Noite azul
– Natal Brasileiro
Serviço:
17/Dez – às 21h
Natal das Nações – Collegium Musicum
Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 Portão 13 – Estacionamento Portão 15
Informações: 3823-4600
Entrada gratuita
18/Dez – às 17h
Foyer do Auditório Ibirapuera
Informações: 3629-1000
Entrada gratuita