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O Circo Zanni foi escolhido pelo projeto Circomunidade para representar a milenar arte circense na 3ª Semana Ticket Cultura & Esporte, atividade gratuita com o apoio do Ministério da Cultura, que inclui diversas linguagens artísticas e práticas esportivas. Para tanto, a lona do Zanni continua na Praça da Sombra do Memorial por mais duas semanas. Estão programadas várias sessões nos dias de semana (às 15h) e no sábado e domingo (confira os horários abaixo). O pessoal do Circomunidade está organizando caravanas de alunos de escolas públicas que, de outra forma, dificilmente teriam a oportunidade de ter cum contato com o frescor artístico do Zanni.
Circomunidade é um programa de promoção da cidadania que alia difusão cultural, capacitação técnica e inserção social no qual o principal personagem é a infância. A idéia surgiu em meio a treinos de trapézio no Acrobático Fratelli, atuações técnicas no “Projeto Cidadão Dançante” de Ivaldo Bertazzo e na coordenação de aulas do “Circo no Beco” do Projeto Aprendiz.
Super Zanni
Arame fixo, corda indiana. corda marinha, doble trapézio, duos acrobáticos, duos aéreos, entradas de palhaço, malabarismo virtuoso, quadrante. Definitivamente, o Memorial entrou para o circuito circense de São Paulo, essa arte milenar que volta a ser valorizada no contexto artístico contemporâneo.
Desde que foi criado, em 2003, por artistas de diversas gerações de escolas circenses, o Circo Zanni tem trazido ao clássico formato do circo de variedades inúmeras referências contemporâneas, adquiridas não só pelas experiências no picadeiro, como também no teatro.
Equilíbrio no arame, acrobacias, coreografias, números aéreos em balanço, música ao vivo e malabarismo são algumas das atrações clássicas re-elaboradas pelo Circo Zanni em estilo único. Desta feita, eles apresentam um espetáculo inédito que vai surpreender o público, com a participação de convidados, inclusive internacionais. Elegância, romantismo, humor, citações, paródias e auto-ironia. Os próprios artistas integram a bandinha do Circo Zanni. Pequena, mas barulhenta, como nos velhos tempos.
No elenco, Bel Mucci, Daniel Pedro, Erica Stoppel, Luciana Menin, Marcelo Lujan e Pablo Nordio, além dos artistas convidados André Sabatino, Cassia Theobaldo, Guga, Hilton Mendes, Luciana Lima, Luciano Rabelo e Madame Ramirez combinam performance técnica, dinamismo, plasticidade e comicidade em onze números, a maioria deles inéditos: parada de mão, arame fixo, tecido, cigar boxes, báscula cômica, barra fixa cômica, corda indiana, trapézio em balanço, malabares, coreografia em aparelho aéreo, e entradas de palhaço.
Além disso, em outra característica que sempre marcou o trabalho do Zanni, todos se revezam também nas vinhetas – que são o fio condutor da montagem –, na contrarregragem e como músicos da orquestra, que interpreta a trilha sonora ao vivo. Para esta temporada, que traz ainda como músico convidado o baixista Hilton Mendes, a banda preparou interferências musicais das mais ecléticas, com referências que vão de clássicos do pop ao rock brasileiro, passando pelo tango e samba rock.
Artistas de várias gerações do circo daqui e de fora do país, oriundos de 3 diferentes companhias (La Mínima, Cia. Linhas Aéreas e o argentino Circo Amarillo), se uniram para realização de um projeto artístico que remete às origens das pequenas companhias de circo. Para seus idealizadores, a trajetória do Circo Zanni tem por finalidade despertar no imaginário de adultos e crianças a plasticidade das atividades circenses que povoaram a cabeça de tantas gerações, em toda a América Latina.
Oriundos, na maioria, de escolas de circo modernas, os artistas polivalentes do Zanni são, portanto, representantes do que se convencionou chamar de "circo contemporâneo", em oposição ao circo de antigamente, no qual a arte é passada de pai para filho. Não, eles não pertencem a nenhuma "familia tradicional de circo". Até há 2 anos, esses artistas do "circo contemporâneo" em geral se apresentavam em teatros, salas, praças e outros locais públicos. Nunca em lona. Mas, no caso do Zanni e do Roda Brasil, acabaram seduzidos pela "barriga da lona", criaram seu próprio circo e passaram a viajar com seu espetáculo. Como são jovens, muito deles têm filhos pequenos. Quer dizer, estão criando uma nova "família tradicional de circo". Como antigamente.
O Circo Zanni já realizou 24 temporadas, na cidade e estado de São Paulo, em Minas Gerais, Pernambuco e Goiás, superando a marca de 120 mil espectadores. Participou de Festivais de Circo no Brasil e no exterior, ganhou quatro Prêmios de Estímulo e Fomento à Cultura – Federais e Estaduais, e patrocínios por meio da Lei Federal Rouanet de incentivo à Cultura. Conquistou espaço próprio, a lona e toda a estrutura necessária para a continuidade de seu projeto. Recentemente foi eleito o melhor circo de São Paulo na edição especial “O Melhor de São Paulo” da Revista Época e, este ano, foi uma das atrações do 1º Festival Internacional de Circo de Buenos Aires, na Argentina.
Para a companhia, a essência da arte circense ainda reside no deslumbramento do homem ao superar seus limites, com a inestimável presença do riso. Inspirado por esta convicção, que segue viva no imaginário do público. “O Circo Zanni não é um projeto eventual, é nossa forma de ver e fazer arte, é nosso depoimento pelo circo. E nesta trajetória colecionamos inúmeras razões para comemorar. Todas reforçam a certeza de que o espetáculo circense tem seu público, continua vivo, ocupando seu espaço no imaginário e no cotidiano das pessoas”, lembra o diretor artístico Domingos Montagner.
Resumos biográficos:
Domingos Montagner
Ator e artista circense, um dos fundadores do Circo Zanni. Iniciou no teatro através do curso de interpretação de Myriam Muniz. Com Beto Andretta e Beto Lima criou a Pia Fraus Teatro. Estudou com diversos profissionais da dança, como Ruth Rachou, Denilto Gomes, Ana Mondini e Adriana Grechi, entre outros. Iniciou no Circo Escola Picadeiro em 1989. A partir de 1991, ao lado de Fernando Sampaio, passa a desenvolver várias técnicas circenses, em especial as aéreas com José Wilson Moura Leite e o trabalho de palhaço com Roger Avanzi, o Palhaço Picolino. A partir de apresentações de rua, começam a desenvolver uma dupla inspirada na arte dos palhaços de circo. Em 1997, oficializam a parceria, criando o LaMínima e, a partir daí, espetáculos como “Cia. de Ballet”, “Feia”, “Piratas do Tietê – O Filme”, “A la Carte” e “Luna Parke”, entre outros.
Aperfeiçoou-se na França na Escola Nacional de Annie Fratellini, na Escola de Trapézio Volante de Jean Palac e na arte do palhaço com Leris Colombaioni, na Itália. Dentre seus trabalhos mais recentes destaca-se o espetáculo “A Noite dos Palhaços Mudos” em 2008, pelo qual recebeu o Prêmio Shell de Teatro – SP, como melhor ator; e o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, de “Melhor Elenco”.
Fernando Sampaio
Ator e artista circense, co-proprietário e administrador do Circo Zanni. Palhaço desde 1990, antes da formação do grupo LaMínima participou de diversos espetáculos com várias companhias de São Paulo, como Cia Cênica Nau de Ícaros (premiado pelo Mambembe e APCA como melhor ator, 1997, com o espetáculo “O Palácio Não Acorda”), Acrobático Fratelli, Pia Fraus Teatro, Parlapatões e XPTO.
Foi professor do Circo Escola Picadeiro e das principais escolas de circo de São Paulo, além de ministrar cursos e oficinas em espaços públicos e privados. Em 1997 com Domingos Montagner, fundaram o LaMínima.
Daniel Pedro
Artista circense, co-proprietário e diretor de produção do Circo Zanni. Em parceria com Emiliano Pedro, foi co-fundador do grupo Circodélico (1995-2004), que recebeu o Prêmio APCA de Melhor espetáculo de técnicas circenses (2000) e o Prêmio Pananco de melhor espetáculo com técnica circense (2000) por “De Mala e Cuia”. Em 2001, participou da montagem do espetáculo “Neverland” com a Kris Niclison Theater Company, quando atuou em quinze festivais na Holanda, entre os quais o Parade Festival e o Oerol Festival. Iniciou sua formação como artista no Circo Escola Picadeiro, em São Paulo e, posteriormente, no Curso de Circo-Teatro, no galpão Acrobático Fratelli.
Pablo Nordio
Artista circense, técnico de segurança e treinador. Co-proprietário e diretor técnico do Circo Zanni. Criador do grupo “Circo Amarillo”, consultor responsável pela capacitação técnica e segurança no projeto “Circo da Estação” em Ouro Preto (MG). Formado em Artes Plásticas pela Escola Libero Pierini, no Rio Cuarto, em Córdoba/Argentina. Estudou trapézio em balanço, acrobacia e Equilíbrio na Oz Academia Aérea de Circo, em São Paulo. Curso de acrobacia (mão a mão) no “Circo de Todo Mundo” (Chile). Também realizou o curso petit volant , na “Central do Circo” (SP) com Rodrigo Matheus e Domingos Montagner.
Marcelo Lujan
Musico compositor, interprete ator, clown acrobata, equilibrista e produtor. Co-proprietário, diretor musical e artista do Circo Zanni. É criador do grupo “Circo Amarillo” com quem trabalha desde 1995 na criação de espetáculos circenses. Também criou a “Exentricmusic” que desenvolve pesquisas na conjugação da música e as artes cênicas, criando e gravando trilhas originais desde 2006. Atualmente está em processo de criação do seu novo espetáculo-solo, “Peine Fino”, com trilha original de Marcelo Lujan e musica executada ao vivo.
Erica Stoppel
Trapezista, atriz e professora de técnicas aéreas é co-proprietária e artista do Circo Zanni. Atuou nos três espetáculos do repertório da companhia como aerealista, bailarina e musicista. Com as técnicas de trapézio, lira solo e duo e corda indiana, realizou seis números diferentes criados para os diferentes espetáculos. Em 2008 finalizou sua 11ª temporada com o circo.
É fundadora da Cia Linhas Aéreas, da qual foi diretora junto com Ziza Brisola até 2005. Em 2003 passou a integrar o CEFAC, Centro de Formação de Artes Circenses, como coordenadora de técnicas aéreas, diretora de projetos artísticos e professora. De 1999 a 2004 foi uma das diretoras da Central do Circo de São Paulo.
Entre 1998 e 2001 foi artista convidada da Companhia Circo Mínimo no espetáculo “Deadly”. Foi co-fundadora da Cia Cênica Nau de Icaros (Circo/ Teatro) em 1992 com a qual atuou até 1997, último ano em que existiu a formação original da Companhia. Participou da criação de quatro espetáculos: “Nau de Icaros”; “O palhaço não acorda”, “Sob o Céu”; e “Zéròi”, em parceria com o grupo “Parlapatões Patifes e Paspalhões”.
Luciana Menin
Artista circense, co- proprietária e artista do Circo Zanni. Formada em 2000 na Escola Popular de Circo-SPASSO em Belo Horizonte (MG). Em 2001 entrou para a Cia Linhas Aéreas. De 2002 a 2008, fez cursos de Parada de Mão e Corda Marinha com Vicente Espinoza (Espanha), Pierre Dumur (França) e Victor Fomine (Canadá). A partir de 2003 passou a integrar a companhia Circo Amarillo, com a qual participou do espetáculo “Experimento”. Em 2007, participou da temporada de dois meses do grupo na Universal Studios Japan (em Osaka) e do espetáculo “Storm London”, na Colômbia.
Bel Mucci
Artista circense e co-proprietária do Circo Zanni. Formada em dança clássica e contemporânea e em técnicas circenses aéreas, acrobacias e perna de pau. É graduada em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo. Participou de espetáculos com os grupos Circodélico, Linhas Aéreas, Kris Niklison Teather Company (Holanda) e Fractons, entre outros. Ministra aulas de circo em escolas para crianças e adolescentes, realiza workshops de técnicas aéreas circenses e ministra aulas de tecido e trapézio para adolescentes e adultos.
Artistas Convidados:
Guga
Artista de circo nascido em São Paulo. Formado em Educação Física na Universidade Estadual de Campinas-Unicamp, se especializou em treinamento de alto nível em Moscou, Rússia. Também é especializado em cama elástica, barra fixa, báscula, trapézio de vôos e cascatas. Com a Cia. Los Galindos, de 1999 a 2002, realizou turnê internacional pela Europa, América e África com o espetáculo “Amálgama”, num total de mais de 200 apresentações.
Em 2003, foi convidado pela Cia. LaMinima para o espetáculo “Os Piratas do Tiete”. Criador do número de barra fixa com casta, “O Rei d’Acrobacia”, apresentado em mais de 250 espetáculos. Participou em expedições da ONG Palhaços Sem Fronteiras no Sri Lanka, Guine Equatorial e Líbano. Em 2005 fundou a Cia. Los Gingers, com o espetáculo “Perlas y Plumas”, que realizou tournée pela Europa com mais de 300 espetáculos e quatro prêmios, entre eles o “Melhor Espetáculo no Festival de Teatro da Ciudad Rodrigo”.
Madame Ramirez
Começou seu treinamento no circo com Rogelio Rivel e Victor Barrera, entre outros. Realizou cursos na Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro e da Escola Nacional de Circo, em Moscou. Sua carreira profissional começou em 1993 como um duo de equilíbrio com Enrique Aguilera, realizando produções e espetáculos, em países como Japão e Portugal. Participou de expedições com a ONG “Palhaços sem Fronteiras” à Colômbia, Líbano e Guiné Equatorial, entre outros. Em 2000 funda a Família Ramirez com Andre Madrignac, ampliada no ano seguinte com o ingresso do malabarista Boni, que participou de inúmeros festivais internacionais, como o Festival de Rua de Valladolid, quando foi premiado como “Melhor Espetáculo”.
Após a turnê de 2004/2005 com o Circ Cric, cria em conjunto com Guga Arruda, Daniel Cercos e Ramiro Vergaz a companhia Los Gingers, estreando com o espetáculo “Perlas y Plumas”. Com ele, tem participações premiadas em vários festivais europeus de circo e de teatro de rua.
Reconhecimento:
* Prêmio Funarte de Estímulo ao Circo 2004.
* Participação no Festival Mundil de Circo no Brasil, em 2004, 2005, 2006 e 2009, realizado em Belo Horizonte.
* Prêmio Funarte de Estímulo ao Circo 2005
* Lei de fomento ao teatro – edital julho/2005 – de montagem/pesquisa “Circo-teatro do Brasil”, do Grupo LaMínima, em parceria com o Circo Zanni
* Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz – Grupo V, para apresentação do projeto de montagem/ pesquisa “Circo-teatro do Brasil”, do Grupo LaMínima em parceria com o Circo Zanni.
* Participação no Festival de Circo do Brasil em 2005 e 2007 realizado em Recife.
* Patrocínio Petrobrás para o projeto Circo Zanni – Lei Rouanet de Incentivo a Cultura – Pronac 044613. Realizou dois meses de temporada, em Boiçucanga (bairro de São Sebastião-SP) e no centro de São Sebastião em janeiro e fevereiro de 2006.
* Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2007 – Módulo Patrimônio para reforma dos mastros de sustentação da lona.
* Patrocínio Petrobrás para o projeto Circo Zanni – Lei Rouanet de Incentivo a Cultura – Pronac 069633. Realizou em três meses de temporada na cidade de São Paulo.
* Eleito o melhor circo de São Paulo pela Revista Época- Edição Especial O Melhor de São Paulo 2008
* Participação no 1º Festival Internacional de Circo de Buenos Aires, realizado em 2009 na Argentina. Apoio: Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural da Secretaria de Incentivo e Fomento à Cultura- MINC
Bom espetáculo!
Elenco:
Bel Mucci (corda indiana, aparelho aéreo e tecido), Daniel Pedro (malabares e báscula cômica), Erica Stoppel (trapézio em balanço e aparelho aéreo), Luciana Menin (corda indiana), Marcelo Lujan (malabares, arame fixo e palhaço) e Pablo Nordio (palhaço).
Artistas Convidados:
André Sabatino, Cassia Theobaldo (corda indiana), Guga (barra fixa cômica), Hilton Mendes, Luciana Lima (corda indiana), Luciano Rabelo (cigar boxes) e Madame Ramirez (parada de mão).
Direção Artística:
Domingos Montagner
Direção de Produção:
Daniel Pedro
Direção Técnica:
Pablo Nordio
Direção Musical:
Marcelo Lujan
Administração:
Fernando Sampaio
Iluminação e Operação de Luz:
Paulo Souza
Operação de Som:
Guilherme Diniz
Capataz:
Wagner Lopes
Produção Executiva
Lu Gualda
Realização:
Circo Zanni
Serviço:
Circo Zanni na 3ª Terceira Semana Ticket Cultura & Esporte
Capacidade: 400 lugares.
Horários:
Até 13 de novembro de 2009
Dias 5 (quinta), às 19h30; 7 (sábado), às 17h, 8 (domingo), às 11h; 6 (sexta) e dias 9 a 13 (segunda a sexta), às 15h.
Informações: 9188.9208.
Grátis (a bilheteria abre 1 hora antes de cada sessão).
Praça da Sombra/ Memorial da América Latina:
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664. Ao lado da estação Barra Funda do Metrô. Estacionamento: portão 8 (R$ 5,00 + 1,00 por hora adicional) e portão 15 (R$ 10,00, preço único).