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Novidades
Este ano o Cineclube Latino-Americano entra em nova fase, multiplicando suas atividades, com muitas novidades. A partir de março serão 5 sessões semanais, cada uma com identidade própria. Além disso, inauguramos no dia 22 às 18h, o Espaço de Convivência, uma área confortável para reunir amigos antes e depois das sessões e onde serão promovidos eventos do cineclube.
Sessão Cinema e Ditadura: 50 anos do Golpe
O período autoritário foi também um tempo inigualável na cultura e nas artes em nosso País. O ciclo de filmes que apresentaremos está organizado em dois eixos: um mais claramente político, institucional, que serão exibidos aos sábados, às 17h, seguidos de debate com o público; o outro, voltado para os reflexos nos costumes, nos comportamentos, até na própria evolução do cinema, terá suas sessões àsquartas-feiras, às 20h. O ciclo inclui apenas filmes produzidos no próprio período da ditadura.
26 de março, quarta, 20h
A Falecida (1965), de Leon Hirszman. Baseado na obra homônima de Nelson Rodrigues. Roteiro de Leon Hirszman e Eduardo Coutinho. Primeiro filme de Fernanda Montenegro.
29 de março, sábado, 17h
O Desafio (1965), de Paulo César Saraceni. Roteiro de Nelson Xavier. Por tratar do romance entre a mulher de um rico industrial, Ada, e Marcelo (interpretado por Vianinha), um estudante de esquerda, foi entendido como apologia do amor entre as classes. Passou pela censura do regime militar.
Sessão Cinema Mudo
Num cineclube o cinema não é um produto perecível. O “cinema mudo”, além de um enorme número de obras primas, é uma fonte de conhecimento muitas vezes desprezada da História, dos costumes e do próprio cinema. A sessão vai reproduzir um pouco o clima dessa época – e também o contraponto com a atualidade. Começamos com homenagem ao centenário de Carlitos, o personagem que Charlie Chaplin criou em janeiro de 1914 que chegou aos cinemas no mês seguinte. Os curtas pouco conhecidos, todos de 1914, terão acompanhamento musical ao vivo de Pablo Mendoza, músico e membro do cineclube.
Dia 28 de março, 20h
Carlitos repórter (Making a living) é estreia de Charles Chaplin no cinema, mas a personagem ainda não é Carlitos; “Corridas de automóveis para meninos” (Kid Auto Races at Venice) foi o primeiro filme lançado com a personagem;”Carlitos no hotel” (Mabel’s strange predicament) é o filme em que Chaplin fez a personagem pela primeira vez, mas o segundo visto pelo público; “Carlitos e o relógio” (Twenty minutes of love), um dos primeiros filmes dirigidos por Chaplin, e “Pintor apaixonado” (The face on the barroom floor), mais um escrito e dirigido por Chaplin.
Sessão Cineclubinho
No finzinho do mês, o cineclube abre sua filial para o público infantil, familiares e simpatizantes. Além dos filmes, várias outras atividades: histórias, brincadeiras, oficinas. Vamos mostrar o que é o cinema, como surgiu e como é feito. Para isso, o cineclube vira um teatro de variedades – como nos primeiros tempos do cinema – e os filmes vão aparecer entre outros números, musicais, cômicos, teatrais, e com oficinas para mostrar como se reproduz o movimento e como os filmes eram coloridos à mão, etc.
Dia 30, domingo, 11h
Na primeira sessão, no último domingo deste mês, os filmes incluirão as primeiras imagens de Thomas Edison, dos irmãos Lumière, dos mágicos dos truques Meliès e Segundo de Chomón, da primeira “realizadora”, Alice Guy, de Edwyn Porter, entre outros, do período chamado de “primeiro cinema”.
Sessão Nuestra América
O Grupo de Estudos de Cinema Latino-Americano da Unifesp, integrado ao Cineclube, apresenta ciclos construídos sobre temas estudados por seus membros. As sessões são seguidas de debates e também terão a participação de professores das escolas do entorno do Memorial. O primeiro tema é Violência urbana no cinema contemporâneo: o caso de São Paulo, com a curadoria e coordenação de Marilia-Marie Goulart.
6 de março, quinta, 19h
O Invasor (2001), de Beto Brant, 97′. Baseado no romance de Marçal Aquino. Após realizar seu trabalho, Anísio, peculiar matador de aluguel, continua atrás dos empresários que encomendaram o assassinato do sócio. O choque de classes oferecido por esse encontro entre díspares faz com que a violência abrace diferentes classes e se espalhe ao longo da cidade, que é exibida em sua feiura e abjeção.
13 de março, quinta, 19h
Contra Todos (2004), de Roberto Moreira, 95′. Teodoro, Soninha e Cláudia vivem uma relação familiar bastante visceral. O pai, matador de aluguel, busca a redenção ao lado da amante crente. Ele agride a mulher e a filha adolescente, porque esta se recusa a rezar na mesa. Apesar de todas as asperezas, certa estabilidade familiar é mantida até que o assassinato do amante de Cláudia venha intensificar a desarmonia.
20 de março, quinta, 19h
Os Inquilinos – os incomodados que se mudem (2009), de Sergio Bianchi. Após a chegada de misteriosos vizinhos, Valter e sua família veem sua rotina alterada. Muito se especula sobre a origem dos três jovens que vêm adensar o espectro da violência que (como boato, noticiário ou fato vivido) ronda o dia a dia dos moradores
27 de março, quinta, 19h
Onde São Paulo acaba (1995), de Andrea Seligmann. Entre o futebol, a música, drogas e a violência, um dia na vida de jovens moradores da periferia na zona sul de São Paulo.