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São Paulo, 6 de abril de 2009.
O Memorial da América Latina apresentou no domingo passado o Auto da Paixão, em frente ao Pavilhão da Criatividade, às 19h, com entrada franca. Apesar da chuva forte que começou a cair às 17h em boa parte da cidade, cerca de 100 pessoas assistiram a encenação a céu aberto, entre elas, José Henrique Reis Lobo, Secretário Estadual de Relações Estaduais, Secretaria na qual o Memorial está legamente vinculado.
Dirigido por Romero de Andrade Lima, trata-se de um espetáculo/procissão no qual um coro de 12 atrizes e cantoras, transformadas em pastoras, percorrem igual número de estábulos/esculturas narrando a Paixão de Cristo por meio de cânticos e encenações.
O Auto da Paixão, encenado desde 1993, faz uma refinada recriação de procissões, reisados e pastoris, tal como no espírito das festas populares nordestinas, que mistura o sagrado e o profano. Para realizá-lo, o Grupo Circo Branco inspirou-se no Movimento Armorial de Ariano Suassuna, autor de “O Auto das Compadecida” e tio do diretor.
O repertório é composto de toadas de domínio popular que Romero costumava ouvir na casa de seu tio. São toadas que serviam de exercício musical para grupos ligados ao movimento, como o Quinteto Armorial. Dentre elas, “A chamada das Pastorinhas”, “Anunciação” e “Menino Jesus da Lapa”.
Fotos: Fábio Pagan