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A Fundação Memorial da América Latina apresenta a Conexão Latina deste mês, com a participação dos cantores Toquinho, pelo Brasil, e Adriana Mezzadri, pelo Peru. A cantora e compositora peruana Adriana Mezzadri é filha de pai brasileiro. Sua música mistura ritmos brasileiros e peruanos. Toquinho dispensa apresentações. É um exemplo do que melhor produziu nossa rica tradição musical. A série Conexão Latina promove um diálogo musical entre diferentes linhas de desenvolvimento da música latino-americana. O show será no Auditório Simón Bolívar, como sempre na última sexta-feira do mês, dia 25, às 21h.
Antonio Pecci Filho (Toquinho) nasceu em São Paulo, no bairro do Bom Retiro, em 6 de julho de 1946. Teve aulas com Paulinho Nogueira (primeiros e principais acordes), Isaías Sávio (violão erudito) e Léo Peracchi (orquestração). Gravou cerca de 80 discos, compôs mais de 450 músicas e fez cerca de 7.500 shows pelo Brasil e pelo Exterior. Tem como principais parceiros: Vinicius de Moraes de Moraes, Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, Francis Hime, Mutinho, Carlinhos Vergueiro, Gianfrancesco Guarnieri, Elifas Andreato, Paulo César Pinheiro. Suas maiores influências são Baden Powell, Edgard Gianullo e Oscar Castro Neves. Suas composições mais representativas são “Aquarela”, “Tarde em Itapuã”, “Que maravilha”, “Regra três”, “Escravo da alegria”, “O caderno”, “A casa”, “O pato”, “Na tonga da mironga”, “Samba de Orly”, “Carta ao Tom 74”, “Cotidiano n.º 2”, “Samba pra Vinicius de Moraes”, “Carolina Carol bela”.
Este tem sido um ano profícuo para Toquinho. Já está nas lojas de todo o país o disco “Toquinho e Paulo Ricardo cantam Vinicius”, lançado pela Building Records. No álbum, os dois artistas regravaram músicas do compositor Vinicius de Moraes com influências da música eletrônica. O disco traz ainda a inédita “Romeu e Julieta”, única composição de Toquinho e Vinicius que ainda não havia sido gravada.
Também foi lançado pela Imprensa Oficial o livro “Toquinho, Acorde Solto no Ar”, de João Carlos Pecci. O livro traz um relato de Toquinho sobre os momentos mais importantes de sua carreira. Saiu ainda o Songbook de Toquinho pela Editora Lumiar / Irmãos Vitale. Produzido pelo compositor e intérprete Bruno de La Rosa, o livro traz 62 músicas do compositor com acordes e partituras, além de uma entrevista com Toquinho, um texto de João Carlos Pecci (artista plástico) e uma carta de Baden Powell a Toquinho.
A Secretaria de Direitos Humanos relançou em 2011 – para distribuir em escolas públicas de todo o país – o “Manual para encenar A Canção dos Direitos da Criança”. Com autoria de Elifas Andreato, o livro traz uma história com ilustrações que explicam em linguagem infantil a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Idealizado e gravado pela primeira vez em 1986, Toquinho e Elifas compuseram o álbum Canção dos Direitos da Criança, em que cada direito virou uma música. O livro é acompanhado de um CD que Toquinho regravou com versões em voz e violão das músicas.
Atualmente, Toquinho está em estúdio finalizando seu novo álbum de inéditas que será lançado pela Biscoito Fino. Entre as composições, estão parcerias com sua filha Jade Pecci, Eduardo Gudin, Carlinhos Vergueiro, Dora Vergueiro e o grande poeta chileno Antonio Skarmeta, com a música “Obra de Arte”. Entre os convidados, estão as participações de Zeca Pagodinho e Ivete Sangalo. Intitulado “Quem Viver, Verá”, o álbum será lançado ainda este ano.
O compositor, instrumentista e cantor mostrou este ano uma nova faceta. Surpreendentemente, Toquinho tem se revelado um grande animador de talkshow, deixando seu convidado à vontade e fazendo todo mundo rir. Desde abril, ele apresenta o programa “Toquinho, Violão e Futebol” na TV Corinthians e a audiência só faz aumentar. Desde sua estreia, grandes personalidades já passaram pelo programa como Rivelino, Ary Toledo, Wladimir, Elifas Andreato, Carlos Alberto de Nóbrega, Chico Pinheiro, Netinho de Paula, Helô Pinheiro (a Garota de Ipanema), entre outros.
Na verdade, para quem o conhece, não é surpresa nenhuma. Pois, conforme reza seu release oficial, “o artista é refém da própria sensibilidade e a arte representa a libertação de sua alma. A música desvenda a alma de Toquinho, que vagueia em forma de acordes levando junto o homem simples e comum que ele é. “Construir acordes e harmonias, fazer música e poesia” é a profissão de Toquinho, que sabe harmonizar também a vida no compasso do prazer, no contraponto entre a paixão e a amizade, a família e os amigos. Dotado de uma natureza lúdica e leve, divertir-se foi sempre seu prato predileto em torno de várias mesas: de bar, de restaurante, de futebol de botão, de sinuca. Passou a fazer do palco uma extensão das tramas futebolísticas, onde, mesmo nos momentos mais complicados, encontra escape para uma pilhéria, uma risada que ajuda a encarar o trabalho como uma prazerosa alegria. Entrega-se à profissão sem escravizar-se a ela, ao contrário, renovando com ela seu lado de menino nas decisões mais intrincadas” (www.toquinho.com.br).
Adriana Mezzadri é peruana e veio para o Brasil com oito meses de idade junto com o pai brasileiro e a mãe peruana. A preferência pela música surgiu ainda na infância quando cantava pelos cantos da casa. Aos seis, o pai a presenteou com o primeiro violão. Começou a compor com sua mãe e três anos depois, voltou para o Peru, onde cantou em “zarzuelas” – operetas espanholas – e eventos religiosos. Aos 16 anos, fixou residência no Brasil, mais precisamente em São Paulo, mas nunca se esquecendo da sua terra natal e da cultura peruana. A partir daí, ela não parou mais. Gravou jingles para comerciais, participou de musicais, shows e discos de artistas nacionais e internacionais como Jorge Ben Jor, Oswaldo Montenegro, Roberto Bomtempo, entre outros.
Seu destaque em trilhas sonoras começou com “Marcas de ayer”, composição própria que entrou na novela “O Clone”, dirigida por Jayme Monjardim. Encantado com o trabalho da artista, o diretor a apresentou ao compositor Marcus Viana, responsável pela trilha de "A Casa das Sete Mulheres". Adriana Mezzadri foi considerada “a voz da minissérie”, cantando cinco temas. Continuando a parceria, interpretou o tema do filme "Olga", “Iluminar”, em 2004, e da trilha incidental da novela “América”. A cantora também está na trilha do filme “Blood Ties”, do diretor americano Kely McClung, filmado nos Estados Unidos.
O seu primeiro cd solo, "Marcas de Ayer", foi gravado em Los Angeles, pelo produtor americano KC Porter e o brasileiro Luiz Carlos Maluly, ambos premiados pelo Grammy Latino. No repertório, dez canções em espanhol e uma em português. Além da música que dá nome ao disco, o cd tem outras composições de Adriana, que refletem romantismo e profundidade nas letras e uma mistura de elementos de pop rock com instrumentos étnicos nos arranjos.
Em 2005, surgiu o projeto de gravar um CD de Adriana Mezzadri com as monjas budistas do Templo Zulai, em São Paulo. Depois disso, foi convidada para representar o Brasil no Festival de Música Budista de Taiwan, onde foi premiada. No mês de abril de 2006, Adriana cantou “Primavera Iluminada” em homenagem ao Dalai Lama, durante uma palestra dele no Brasil.
Serviço:
Série Conexão Latina: Adriana Mezzadri (Peru) & Toquinho (Brasil)
Dia 25, sexta, 21h
Ingressos: R$ 15,00 e meia entrada. Bilheteria: dia 24 das 14 às 19h e dia 25 a partir das 14h Auditório Simón Bolívar