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Com direção teatral de Marika Gidali e coreografia de Décio Otero, o Ballet Stagium apresenta o espetáculo “Adoniran”. A poesia e a simplicidade de Adoniran Barbosa comandam o novo espetáculo do Ballet Stagium, que comemora 40 anos de existência. Em "Adoniran", as coreografias dão vida a muitos dos personagens do compositor, que via na cidade de São Paulo uma inspiração constante. Para Otero, a identificação com o músico foi imediata, fruto de serem ambos “repórteres da sociedade paulistana”. No palco, o grupo de 15 bailarinos divide-se em solos, duos e trios, sob a direção teatral de Marika Gidali. Ali, a obra de Adoniran vai além do samba, servindo como retrato e combustível da realidade. O espetáculo também comemora os cem anos do compositor, festejados no ano passado.
O espetáculo, estreado em 2010 em comemoração ao centenário do artista, traz as músicas deAdoniran Barbosa, um ícone da música brasileira, que conta, de forma brejeira e humorada a história da cidade de São Paulo, seu progresso, suas dificuldades, as mudanças da causadas na cidade.
O Ballet Stagium sempre primou por desenvolver temas essencialmente brasileiros por acreditar nos valores nacionais, na dignidade e na luta do povo brasileiro, seu calor, suas crenças, seus ideais e conquistas e sobretudo na grande alma humana que a abriga, repleta de histórias e acontecimentos.
Em 1971 enquanto o Teatro, o cinema e a música popular eram amordaçados pela censura da ditatura militar, o Stagium recusa o colonialismo e a alienação de então, decidindo o seu destino. Nos passos do Teatro Oficina, do Arena e do Cinema Novo, que não podiam manifestar-se, percorre um caminho diferente daquele que havia pautado a dança no Brasil, impondo-se como a mais gratificante experiência do gênero.
Em suas criações, utilizando vertentes universais da dança com aspectos tipicamente brasileiros, conquistou um vasto público em todo país, público esse até então avesso às manifestações coreográficas. Suas produções adaptáveis aos mais diversos tipos de espaços, permitiu e permite apresentações em pátios de escolas públicas das periferias dos grandes centros, favelas, igrejas, praias, hospitais, estações de metrô, num placo flutuante armado no lago do Ibirapuera, em presídios, nas unidades da FEBEM, no chão batido das terras indígenas (Posto Leonardo, Alto Xingu), num convés da Barca Juarez Távora, durante 15 dias no Rio São Francisco. Seus diretores Márika Gidali e Décio Otero trabalham desde 1974 num grande estúdio na Rua Augusta, em São Paulo, desenvolvendo um programa de pesquisas em várias linguagens de dança.
Esse trabalho iniciou-se em 1971 quando Márika Gidali e Décio Otero se uniram para uma série de programas didáticos sobre as diversas vertentes da dança na TV Cultura de São Paulo. O dia 23 de outubro de 1971 é considerado o marco inicial da Companhia e, desde então, muito trabalho marca esses 40 anos de atividades, fazendo do Stagium o que ele é e representa hoje.
FICHA TÉCNICA
Direção: Décio Otero e Marika Gidali
Coreógrafo: Residente Décio Otero
Direção Teatral: Marika Gidali
Vídeo Hiperactv.com: Edgar Duprat
Iluminação e som: Edgard Duprat
Figurinos: Marcio Tadeu
Coordenador de palco: Marcos Palmeira e Marcos Veniciu
Secretário: Jose Luis Santos Oliveira
Professores de Ballet Clássico: Áurea Ferreira e Décio Otero
Fotógrafos: Emídio Luigi e Arnaldo Torres
Elenco:
Camila Lacerda, Catherine Kodama, Edilson Pereira,
Eduardo Maschetti, John Santos, Márcia Freire,
Marcos Palmeira, Marcos Veniciu, Paula Perilo, Poty Ara,
Rafael Carrion
Projeto realizado com o apoio do Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural 2010
Músicas
Mariposas – Adoniran Barbosa
Iracema – Adoniran Barbosa
Despejo na Favela – Adoniran Barbosa
Tocar na Banda – Adoniran Barbosa
Bom dia Tristeza – Adoniran Barbosa
Tiro ao Alvaro – Adoniran Barbosa
Samba Italiano – Adoniran Barbosa
Vila Esperança – Adoniran Barbosa
Vide Verso Meu Endereço – Adoniran Barbosa
Saudosa Maloca – Adoniran Barbosa
Trem das Onze – Adoniran Barbosa
Serviço
Projeto Adoniran: Companhia Ballet Stagium
Dia 15, quinta, às 21h
Auditório Simón Bolívar
Ingresso: R$ 15,00 e meia-entrada
Bilheteria: Dias 14, das 14h às 19h, e 15, a partir das 14h