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São Paulo, 25 de junho de 2009.
Atenção: O músico paraguaio Juan Cancio Barreto – que originalmente se apresentaria ao lado de Pena Branca – cancelou sua participação por motivo de saúde.
O palco do Memorial da Amértica Latina ficará pequeno para estes dois músicos de longa tradição em seus países. Walter Morato cultiva a milenar arte de tocar a harpa desde criança. Mais que isso, dedica-se à divulgação e ao ensino desse instrumento fascinante. Já Pena Branca atualiza e perpetua a arte da viola caipira, mesmo após a perda do seu irmão Xavantinho.
Oriundo de uma família de luthier´s e músicos, começou a percorrer os caminhos da arte junto de seus pais ainda criança. Aos 7 anos de idade começou seus estudos na Escola de Música da UNT (Universidad Nacional de Tucumán). Aos 12 anos já demonstrava a sua versatilidade na execução de instrumentos de cordas e percussão. Com mais de 30 anos de carreira profissional já se apresentou nos mais diversos palcos nacionais e internacionais. Compartilhou e participou de gravações com músicos de fama internacional como Paulinho Nogueira entre outros. Atualmente dedica-se ao ensino e difusão da harpa e sua história através de palestras e recitais.
Pena Branca e Xavantinho formaram uma das mais importantes duplas caipiras da história. Após a morte de Xavantinho em 1999, Pena Branca seguiu em frente e seu primeiro CD solo, “Semente Caipira”, ganhou o Grammy Latino 2001 na categoria de Melhor Disco sertanejo. Em seguida, o cantor, violeiro e compositor lançou o segundo CD: “Pena Branca canta xavantinho”, somente com canções do irmão.
Nascido na zona rural de Uberlândia (MG), em 1939, Pena Branca (José Ramiro Sobrinho) começou a tocar com Xavantinho (Ranulfo Ramiro da Silva) ainda na infância. Em 1950, quando José Ramiro tinha doze anos e Ranulfo nove, o pai morreu e, junto com seus cinco irmãos, eles se viram obrigados a trabalhar na lavoura.
Seu primeiro compacto, “Saudade”, foi gravado em 1970, quando eles passaram a adotar definitivamente o nome artístico. Durante os anos 790 os irmãos se apresentaram em shows, inicialmente ao lado de Tonico e Tinoco, e mais tarde como atração principal.
O disco “Cio da Terra”, lançado em 1987, teve a participação de Milton Nascimento, promovendo a mistura de estilos musicais. Em 1992 gravaram, com Renato Teixeira, o CD “Ao Vivo Em Tatuí”, conquistando o primeiro Disco de Ouro. A dupla ganhou cinco prêmios Sharp ao longo de sua trajetória.
Agora Pena Branca lança o CD “Cantar Caipira”, que reúne canções inéditas de sua autoria e realiza o sonho de gravar “Casinha de Palha”, de Godofredo Guedes, e regravar dois clássicos do repertório de Pena Branca e Xavantinho, que são: “Jardim da Fantasia” do também mineiro Paulinho Pedra Azul e “Cuitelinho”, domínio público recolhida por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó, desta vez com mais versos.
Pena Branca segue em frente na sua carreira enaltecendo a música caipira, fazendo apresentações por todo o país e encantando os mais variados públicos com a pureza de sua música e seu jeito singelo. No repertório do show, não faltarão “Canto do Povo de Um Lugar”, “Cantiga do Arco Íris”, “Janela da Fazenda”, “Jardim da Fantasia/ Bem-te-vi”, “O Cio da Terra” e “Nuvem de Camraia”, entre outras.
Serviço:
Conexão Latina – Walter Morato e Pena Branca
Data: 26 de junho, sexta-feira
Horário: 21h
Memorial da América Latina/ Auditório Simón Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda (ao lado do metrô)
Tel. (11) 3823-4600
Ingressos: R$ 15,00 (Bilheteria dia 25, das 14 às 19h, e no dia 26, a partir das 14h)
Livre para todos os públicos