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São Paulo, dia 8 de junho de 2009.
A cantora Vania Abreu preparou, para o Projeto Adoniran – Oito e Meia, um espetáculo novo e diferente, no qual procura reunir as várias questões do amor numa panorâmica com muitos tons que mostram sua trajetória e sua afeividade diante da música e da vida. O show acontece dia 18 de junho, quinta feira, no Auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina, às 20h30.
O repertório traz músicas de Chico César, Zeca Baleiro, Péri, Marcelo Quintanilha, Caetano Veloso, Geraldo Pereira, Maurício Gaetani, Marcelo Yuka, Alexandre Leão e outros. São canções inéditas, outras que estão pela primeira vez no programa de show e sucessos da carreira, compondo uma lógica própria de Vania Abreu para falar de amor. No palco, a interpete conta com o talento de Paulo Dáfilin (dir. musical e violões), João Cristal (teclado e acordeon), Marco da Costa (bateria), Xinho Rodrigues (baixo), Chrys Galante (percussão) e Marco Polo Pan (guitarra e violão).
Com esta proposta de levar ao público uma paisagem musical com o frescor que lhe é peculiar, Vania percorre os caminhos dos sentimentos, dando densidade e relevâncias às coisas não visíveis. Por isso o espetáculo é uma continuidade de seu mais recente CD, Misteriosa Dona Esperança, cuja tônica passa pelos mistérios, pelo oculto, pelo que não consiguimos identificar e também pela esperança.
Vania Abreu sempre optou por interpretar autores de sua geração, pois carrega em si a mesma irreverência destes artistas que elegeu para dar voz à suas palavras. “Meu repertório tem a linguagem que pertence aos compositores de minha geração. Nossas referências são parecidas, como a consciência das questões coletivas e a arte de brincar com elas. Espero que o público perceba as diferenças, pois, dentro da leveza do que é a música pop, meu repertório tem um propósito”. Comenta.
O show de Vania é dividido em três momentos, sempre traduzindo sua emotividade e seu senso de humor. Entre seus contemporâneos, ela cita Zeca Baleiro, de quem interpreta “Dodói”, e Chico César, autor de “Tambor”; essas canções integram a parte inicial do espetáculo, quando o amor aparece de forma bem humorada, sem dor nem lamento, o que traduz bem a personalidade de Vania. Outras canções inseridas neste contexto são: “Bem ou Mal” (Maurício Gaetani) e “Pra Falar de Amor” (Tenison Del-Rey e Paulo Vascon).
No palco, Vania sempre deixa transparecer sua sensibilidade, maturidade artística e o desejo de se inquietar. Neste segundo momento do show, ela mostra a sua individualidade, aliada a uma identidade brasileira. Fala como baiana que é, mesmo sem assumir uma ligação com o carnaval, mesmo morando em São Paulo, há mais de 10 anos. O que a artista defende é o amor que carrega pelo lugar de onde veio e isto se reflete sobre o Brasil. As canções deste bloco representam os sentimentos desta brasileira baiana, cada uma pensada individualmente com os devidos arranjos, mas seguindo uma linha de conexão com a Bahia: “Casa de Irene” (Marcelo Quintanilha), “Falsa Baiana” (Geraldo Pereira), “Trilhos Urbanas” (Caetano Veloso), “Dó de Mim” (Péri) e “Templo” (Chico César, Tata Fernandes e Milton Di Biasi). Duas composições ela canta pela primeira vez em show: “Meu Sonho Não” (Rogério Meanda, tema do filme Fica Comigo, de Tizuka Yamazaki) e “Quando Eu Estava Só” (Marcelo Quintanilha, trilha da novela Meu Pé de Laranja Lima, da Band).
A terceira parte do show traz a Vania Abreu que saiu da Bahia para São Paulo, cuja relação afetiva não é só com a Bahia, mas com o resto do mundo, como está implicito – ou explicito – em seu álbum Eu Sou a Multidão (2003). As composições finais deste espetáculo são: “Na Volta Que o Mundo Dá” (Vicente Barreto e Paulo C. Pinheiro); “Migrou” (Chico César); “Minha Alma – A Paz Que Eu Não Quero”; (Marcelo Yuka e Rappa) “para falar como minha alma se sente, muitas vezes”, revela; “As Quatro Estações” (M. Gaetani, A. Sperling e C. Rabello), “Diga Que Me Ama” (Péri) e a inédita “Versos de Amor” (Alexandre Leão e Manuca Almeida).
Serviço:
Projeto Adoniran: Vania Abreu
Dia 18 de junho, às 20h30
Memorial da América Latina / Auditório Simón Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda
Tel. 3823-4600
Ingressos: R$ 15,00 (¹/2 entrada: R$ 7,50) – Duração: 1 hora – Censura: Livre
Bilheteria: 14h às 19h (dia anterior) e a partir de 14h (dia do show)