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A Orquestra Jazz Sinfônica recebe a cantora Virgína Rosa para uma apresentação especial em homenagem à grande intérprete da música brasileira Clara Nunes, dia 11 de setembro, às 21h, no Auditório Simón Bolívar. A regência é dos maestros Cyro Pereira e Fábio Prado.
Clara Nunes marcou o cenário musical brasileiro ao lado de nomes como Elis Regina, Paulo César Pinheiro, Chico Buarque e Gilberto Gil. Foram quarenta anos de vida, vinte e três de carreira, muitos recordes de vendagem alcançados com os dezessete discos gravados, além do mérito de ter aberto os caminhos fonográficos para incontáveis e valorosas mulheres sambistas num universo musical anteriormente tido como masculino.
A tarefa de homenagear a cantora foi entregue a Virgínia Rosa, paulistana da Casa Verde que tem suas raízes fincadas na cultura popular. Iniciou-se profissionalmente na banda Isca de Polícia, de Itamar Assumpção, mais tarde, à frente da banda Mexe Com Tudo, com a qual excursionou pela Europa, consolidou sua carreira em São Paulo, apresentando-se em shows ao lado de Zizi Possi, Zezé Motta, Ney Matogrosso, Chico César e de grandes instrumentistas como Toninho Ferragutti, Paulo Belinatti, Wagner Tiso e Amilson Godoy.
Desde que foi convidada para participar do show “O Amor Que O Mar levou – Uma Homenagem ao ABC do Samba” -, a cantora Virgínia Rosa tem pesquisado a obra de Clara Nunes. Sua participação nesse evento foi um enorme sucesso e então o desejo de mergulhar mais fundo no trabalho de Clara acabou gerando o show Virgínia Rosa CANTA Clara, especial musical de final de ano da TV Cultura, transmitido para todo o Brasil no dia 31 de dezembro de 2004.
Quase todos pensavam que Clara Nunes era “macumbeira” quando popularizou títulos como Tributo aos Orixás, Conto de Areia, O Mar Serenou, A Deusa dos Orixás, contribuições de Candeia e da dupla Romildo/Toninho. Pensaram que ela era baiana, quando cantava Caymmi. Muitos pensaram que era sertaneja quando cantava Seca do Nordeste, Último Pau-de-Arara. Outros pensaram que era pernambucana quando saía “frevando”… Outros muitos acharam que era carioca do morro quando aderiu à Mangueira e cantou os mais nobres sambistas – Nelson Cavaquinho, Car tola, Monarco, Carlos Cachaça, Bide e Marçal, Darcy da Mangueira, Paulinho da Viola.
Na verdade Clara Nunes era mineira, mas quando cantava não tinha território e, assim como Virgínia Rosa, transformava em sua toda a música que interpretava. Através do repertório selecionado para o show, Virgínia Rosa apresenta ao público todas essas “Claras” quando canta valsas, chorinhos, sambas, pontos sagrados de Candomblé e outros ritmos também gravados por Clara Nunes.
Orquestra Jazz Sinfônica
Criada em abril de 1990 por Arrigo Barnabé e Eduardo Gudin, a Jazz Sinfônica tem cumprido com realeza sua vocação primeira, ou seja, dar tratamento sinfônico à música popular de todo o mundo, principalmente a brasileira. Destaca-se, desde então, por sua originalidade e versatilidade, encantando as mais variadas platéias com seu alto nível musical.
À frente da Jazz desde a sua criação está o maestro Cyro Pereira, seu mentor musical e equalizador do som dessa orquestra única. Remanescente das orquestras de rádio dos anos 50 e dos legendários festivais da Record dos anos 60, Cyro continua enriquecendo o repertório da Jazz com suas belísimas composições, arranjos e adaptações.
O diretor artístico da Jaz é João Maurício Galindo, músico de sólida formação acadêmica, escolhido para regente titular da Orquestra por sua versatilidade com a música popular e com o repertório sinfônico, além de seu talento como comunicador.
Fábio Prado, regente assistente, é oriundo dos quadros da própria orquestra. Arranjador e trompista, o jovem maestro acredita na nova estética proposta pela união da música popular com o grupo mais expressivo da música erudita – a orquestra sinfônica.
A Jazz Sinfônica é ligada ao Centro Tom Jobim, importante núcleo de educação, produção e difusão cultural em nosso País.
A Maloca e o Trem – Adoniran Barbosa
Orquestração: Cyro Pereira
Entre o Céu e a Serra – Mozart Terra
O Mar Serenou – Candeia
Arr: Marcelo Ghelfi
Canto das Três Raças – Paulo César Pinheiro /Mauro Duarte
Arr: Maurício de Souza
Feira de Mangaio – Sivuca/Glorinha Gadelha
Arr: Maurício de Souza
Conto de Areia– Toninho e Romildo
Arr: Cíntia Zanco
Ninguém Tem que Achar Ruim – Ismael Silva
Arr: Douglas Fonseca
Menino Deus – Paulo César Pinheiro / Mauro Duarte
Arr: Rodrigo Morte
Basta um Dia – Chico Buarque
Arr: Marcelo Ghelfi
Portela na Avenida – Paulo César Pinheiro
Arr: Douglas Fonseca
Ai Quem me Dera – Vinicius de Moraes
Arr: Fábio Prado
Ser de Luz – Paulo César Pinheiro/João Nogueira/Mauro Duarte
Arr: Fernando Correa
JAZZ + VIRGÍNIA ROSA
Dia 11 de setembro, às 21h
Ingresso: R$ 30,00
Bilheteria – Tel: 3823-4768 – dias 9 e 10 de setembro – das 14h às 19h.
dia 11 de setembro – das 14h às 21h.
Ticketmaster: Call Center: de Segunda à Sábado das 09h00 às 21h00
11 6846 6000 ou Outras Cidades: 0300 789 6846
Site: www.ticketmaster.com.br ou Pontos de Vendas (FNAC Pinheiros, FNAC Paulista, Saraiva Morumbi Shopping, Saraiva Eldorado,Saraiva Center Norte , Espaço Siciliano Vila Olímpia, Teatro Abril e Citibank Hall)
Memorial da América Latina – Auditório Simon Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Metrô Barra Funda
Estacionamento pago no local sem manobrista