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A chuva que castigou a cidade de São Paulo no último sábado não foi capaz de esfriar os ânimos de mais de 1200 pessoas que lotaram a arena montada na Praça Cívica do Memorial da América Latina para o Red Bull BC One 2006. Do lado de fora, outros milhares de jovens, fãs do ritmo break, circulavam pelas dependências do Memorial para acompanhar através de telões a disputa de b-boys, apreciar a recém-inaugurada exposição Spray e ainda travar sua própria batalha contra o temporal que insistia em querer atrapalhar o dia de festa. Felizmente, não conseguiu.
O sul-coreano Hong 10, que havia ficado com o vice-campeonato na Alemanha, no ano passado, venceu por unanimidade a batalha de b-boys, cativando público com movimentos incríveis e uma indiscutível habilidade. O time de juízes, composto por nomes de peso do breakdance mundial, como Storm, Rokafella, Junior, Sonic e Andrezinho, conferiu prêmios para o norte-americano Ronnie, o mexicano Roxrite e outro sul-coreano, The End, respectivamente o 2°, 3° e 4° lugares da disputa.
Uma das surpresas da competição foi um brasileiro: Muxibinha. Logo em seu primeiro encontro, o jovem, de apenas 17 anos, eliminou o francês Lilou, campeão do Red Bull BC One de 2005. Outro brasileiro muito aclamado pela platéia foi Pelezinho, que eliminou mais um francês, Crazy Monkey.
Nos intervalos das batalhas os pontos altos foram as apresentações dos japoneses do Hamutsun Serve, com estilo inspirado no popping e locking e das brasileiras Tuca&Mell tocando break beat para a performance dos Discípulos do Ritmo.
RED BULL BC ONE
SAO PAULO
25 de Novembro 2006
Pela primeira vez abaixo da linha do Equador, a maior disputa de B-boys do mundo, o Red Bull BC One trouxe à cidade os melhores dançarinos do planeta para competir no melhor estilo de batalhas: co apenas um campão! A terceira edição de uma das mais respeitadas competições internacionais propiciou aos brasileiros testemunharem os mais belos movimentos, a evolução e a força do break dance de camarote.
No ano passado o Red Bull BC One reuniu mais de 1000 aficionados em Berlim, na Alemanha. No primeiro ano, na Suíça, o desempenho dos bboys e a repercussão do evento deram a certeza de que ali nascera um novo marco em competições para a cena mundial da dança de rua. Em São Paulo o Red Bull BC One 2006 teve mais uma vez uma tarefa nada fácil: a de eleger o melhor bboy do mundo.
Mais de 20 anos após a descoberta dos primeiros passos e da arte do Bboying em São Paulo, onde o cenário principal foi o Largo São Bento, a cidade recebeu dançarinos do mais alto nível e contou com dois representantes brasileiros na competição. Pelezinho, de São José do Rio Preto, que ficou com a 4ª colocação na Alemanha no ano passado, e Muxibinha, de Brasília, que conquistou a 16ª vaga do Red Bull BC One após participar de audiências regionais no Brasil.
Todos os bboys do Red Bull BC One são especialmente convidados a participar da competição. A seleção por si só já é um desafio: reunir os melhores e mais influentes dançarinos dos quatro cantos do globo, tendo como base sua reputação na comunidade da dança internacional, a singularidade de seu estilo e a personalidade de seus movimentos.
As batalhas da competição vão aconteceram no melhor estilo original do break dance. Em uma arena, sob a luz dos holofotes, apenas dois dançarinos por vez mostraram seus melhores movimentos e, como morte súbita, apenas saía vencedor.
São Paulo é a cidade que nunca dorme e é herdeira singular da cultura hip hop. Como em nenhum outro lugar todos os elementos aqui co-protagonizam no dia-a-dia desta metrópole, evoluindo com caráter próprio e misturando o que há de melhor da cultura popular com o que foi inspirado pelo hip hop norte-americano. No grafite e no rap é assim. Na dança não é diferente. É neste cenário que o Red Bull BC One 2006 uniu técnica e movimentos inéditos.
Mais informações acesse: www.redbullbcone.com