/governosp
A Fundação Memorial da América Latina e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura vão assinar um Memorial de Entendimento, com indicação de temas e interesses comuns, em prol dos quais as duas entidades trabalharão em conjunto. A decisão foi tomada em recente encontro do diretor da Unesco no Brasil, o belga Vicent Defourny, e o presidente do Memorial, Fernando Leça, nesse 9 de outubro.
Um dos primeiros desdobramentos desse protocolo de cooperação será a parceria em relação à Cátedra Memorial da América Latina, que passará a integrar o rol das Cátedras Unesco. O professor Luiz Augusto Horta Nogueira, nosso primeiro catedrático, também esteve presente na reunião. A Unesco dá seu apoio a mais de 600 cátedras em todo o mundo, sendo 25 no Brasil. “As Cátedras Unesco são redes de cooperação”, diz Defourny, “queremos conectar as universidades da América Latina”.
Outro resultado desta parceria deverá ser o lançamento em português da Coleção História da América Latina, publicada pela Unesco atualmente apenas em espanhol, conforme explicou Célio da Cunha, assessor e coordenador editorial da Unesco, que igualmente integrou a comitiva da Unesco, ao lado de Âmbar de Barros, do Escritório Antena da Unesco em São Paulo. É provável que essa co-edição Memorial/Unesco tenha o apoio da Imprensa Oficial.
Defourny explicou que a Unesco pertence aos Estados membros e, portanto, é um pouco o reflexo deles. “A cooperação entre eles precisa ser tecida lentamente, por meio do consenso e da confiança” Fundada em 4 de novembro de 1946, a Unesco está completando 60 anos. A propósito, na UnB (Universidade Nacional de Brasília), há um exposição dos 60 melhores – um por ano – cartazes da Unesco, que deverá vir ao Memorial no início do ano que vem, quando será organizado um debate sobre os 60 anos da Unesco e o seu papel na América Latina.