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Com o tema “Identidades: Protagonismo Feminino”, o evento traz quatro longas e cinco curtas dirigidos por mulheres mexicanas. Realizado em parceria com o Consulado Geral do México, o evento é gratuito e integra a programação do Día de los Muertos, que contará com exposição e feira gastronômica.
São Paulo – O Centro Brasileiro de Estudos da América Latina (CBEAL), braço acadêmico do Memorial da América Latina, em parceria com o Consulado Geral do México, anuncia a 1º Mostra de Cinema Mexicano. O evento, que trará nove produções cinematográficas do país ainda inéditas no Brasil, terá como tema central “Identidades: Protagonismo Feminino” e está marcado para ocorrer nos dias 10 e 11 de novembro, das 15h às 21h, no auditório da Biblioteca Latino-Americana.
Parte da programação do Memorial em comemoração ao célebre feriado mexicano Día de Los Muertos, que contará com exposição de altares na Galeria Marta Traba e feira gastronômica na Praça Cívica, a Mostra de Cinema Mexicano tem como objetivo exibir e discutir produções cinematográficas contemporâneas realizadas por cineastas mulheres do México.
O evento traz, em sua programação, curtas e longas-metragens de diferentes gêneros, abrangendo filmes de drama, documentários e ficção. Antes de cada exibição, será feita uma apresentação com duração de 10 minutos de um mediador sobre o filme. Ao fim, o público poderá fazer comentários sobre as obras por até 15 minutos.
Na sessão de “La Revuelta”, marcada para ocorrer no sábado (11/11), às 19h, o público contará com a apresentação do coletivo ELAS+ Doar para Transformar, um fundo feminista e antirracista, de justiça social, pioneiro no Brasil, que participou diretamente do filme em exibição. Há mais de 20 anos o coletio cumpre sua missão de promover e fortalecer o protagonismo e os direitos das mulheres cis, trans e outras transidentidades, mobilizando recursos e investindo em suas iniciativas nas cinco regiões do país. Estarão presentes Maria Angélica Lemos, Amalia Fischer e Schuma Schunaher.
A Mostra de Cinema Mexicano é gratuita e aberta à população. A entrada em cada uma das sessões é por ordem de chegada. No total, o auditório conta com 100 lugares, portanto é sugerida a chegada ao menos 15 minutos antes de cada sessão.
PROGRAMAÇÃO
10 de novembro (sexta-feira)
–
15h
Fonos (2021, 9 min., ficção, versão sem diálogos)
Diretora: Gabriela Badillo Sánchez
Chloe tem um amor imenso pelo avô e divide com ele seu amor e gosto pelos sons. Juntos eles os percebem, admiram, absorvem e catalogam. Mas no dia em que seu avô morre, Chloe fecha a porta para os sons e bloqueia seus sentimentos, sua tristeza, até que um encontro desperta suas memórias de infância e confronta suas emoções.
Classificação: Livre
Flores de la Llanura (2022, 19 min., documentário, legenda em espanhol e em inglês)
Diretora: Mariana X. Rivera
Após o feminicídio de Silvia, sua prima Yecenia e uma das tecelãs da Prateria dei Fiori se reúnem em luto ritual e poético junto com as demais tecelãs.
Classificação: Maiores de 15 anos
Corazón de Mezquite (2019, 80 min., ficção, versão original e legenda em inglês)
Diretora: Ana Laura Calderón
Os harpistas ocupam um lugar importante na comunidade de Yoreme, são eles os encarregados de alegrar as festividades do povo. Mas também, por tradição, o lugar atrás da harpa é ocupado por um homem.
Lúcia é uma menina que quer ser harpista, procura a sua identidade num mundo de homens onde luta para alcançar o seu sonho.
O filme nos leva por uma história e tradições familiares que abre caminho a novos cenários de inclusão, onde se quebram esquemas e somos convidados a imaginar um mundo sem limitações de gênero, raciais ou geográficas, social ou econômico.
Classificação: Livre
19h
Victoria (2021, 27 min., documentário, versão original, legenda em inglês)
Diretora: Eloisa Diez
Em uma pequena e conservadora cidade católica em Jalisco, Alex constrói sua identidade e defende seus sonhos…Paternidade, música, ser homem. Sonhos, feridas, promessas, vitórias. do que se alimenta a identidade?
Danzón (1991, 96 min., ficção, versão original e legenda em inglês)
Diretora: María Novaro
Julia (Rojo) é uma telefonista na Cidade do México que divide seu tempo entre o trabalho, a filha e o danzon: uma dança cubana muito popular no México e na América Central. Todas as quartas-feiras Julia faz danzon com Carmelo (Rergis) no antigo “Salon Colonia”. Eles dançam há anos, mas mal se conhecem. Uma noite, Carmelo desaparece sem deixar vestígios. Sentindo-se sozinha e triste, Julia pega um trem para Veracruz, onde sabe que Carmelo tem um irmão. Essa viagem repentina mudará a vida de Julia para sempre.
Classificação: Maiores de 15 anos
11 de novembro (sábado)
15h
Las irreverentes feministas (2022, 12 min., documentário, versão original e legenda em inglês)
Diretora: María del carmen de Lara, Tabatta Salinas
Uma proposta paralela, em constante comparação entre dois personagens com realidades muito diferentes. Por sua vez, esses dois personagens têm muitos pontos em comum. O fato de ser mulher, convivendo dia a dia com as situações de risco e violência que assolam nosso país, o México.
El Premio (2011, 123 min., ficção, versão original e legenda em inglês)
Diretora: Paula Markovitch
Ceci, uma menina de sete anos, tem que guardar um grande segredo, mas não entende completamente do que se trata. A vida de sua família depende de seu silêncio. Mas sobre o que exatamente ela deve manter silêncio? Ceci e sua mãe vivem escondidas da repressão militar na Argentina. Ceci se pergunta: o que ela deve dizer? O que ela realmente deveria acreditar e fazer para merecer o amor de sua mãe e dos outros?
Classificação: Livre
19h
–
Mi mamá se fue com las vacas (2021, 20 min., ficção, versão original e legenda em inglês)
Diretora: María José Ibarra
Elías é um menino de 7 anos que enfrenta o abandono de sua mãe. Acompanhado pela depressão e pela falta de comunicação do pai, Elías foge para suas fantasias para se libertar e procurar sua mãe até as últimas consequências.
Classificação: Acima de 15 anos
La Revuelta (2022, 83 min., documental, versão original e legenda em inglês)
Diretora: Lucero González
Uma viagem para redescobrir a grande aposta de cinco anos de vida e ativismo feminista de um grupo de mulheres unidas para fazer uma reviravolta e ver as mudanças em novas gerações.
A sessão contará com a apresentação do coletivo ELAS+ Doar para Transformar, um fundo feminista e antirracista, de justiça social, pioneiro no Brasil, que participou diretamente do filme em exibição.
Classificação: Acima de 15 anos
Sobre o Memorial
Conhecido como a “esquina da América Latina em São Paulo”, o Memorial da América Latina nasceu com a missão de ser polo de integração social, cultural e político dos países de língua latina e caribenha, para resgatar a antiga ideia de solidariedade e de união defendidas pelos libertadores da América no século 19.
Para isso, era preciso que os latino-americanos não se esquecessem de seu passado, de suas origens. Assim surgiu a Fundação como um “espetáculo da arquitetura”, usando as palavras do próprio Oscar Niemeyer ao traduzir a obra que saiu de sua prancheta. Nela, o antropólogo Darcy Ribeiro se inspirou para costurar o conceito cultural que dialoga com a criação do arquiteto em todas as suas vertentes e atividades.
O Memorial da América Latina é uma fundação de direito público do Governo do Estado de São Paulo, sem fins lucrativos. Tem autonomia financeira e administrativa e está vinculado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, de acordo com o decreto nº 52.085, de 23 de agosto de 2007.
SERVIÇO:
Mostra de Cinema Mexicano
Data: 10 e 11 de novembro de 2023
Horário das sessões: 15h e 19h
Endereço: Auditório da Biblioteca Latino-Americana. Rua Tagipurus, nº 500. Próximo à estação Barra Funda de metrô (linha vermelha), CPTM e rodoviária. Entrada pelo Portão 2 do Memorial da América Latina.
Entrada gratuita e por ordem de chegada