/governosp
Imagem: Otávio Magalhães
Mais uma enorme perda! Hoje, 4 de dezembro de 2016, faleceu o que era considerado por muitos o maior poeta vivo do Brasil: Ferreira Gullar.
Durante suas seis décadas de produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira, como a participação no movimento da poesia concreta, na criação do neoconcretismo e o envolvimento com os Centros Populares de Cultura para produzir “poesia engajada”. Foi também militante do Partido Comunista. Exilou-se na década de 1970, durante a ditadura militar, viveu na União Soviética, na Argentina e no Chile e retornou ao Brasil em 1977, quando chegou a ser preso pelo Regime. Aos poucos, foi retomando as atividades de crítico, escritor e jornalista.
Ferreira Gullar colecionou uma vasta lista de prêmios e indicações: em 2002, a indicação para o Prêmio Nobel de Literatura; em 2007, a conquista do Prêmio Jabuti com seu livro Resmungos, considerada a melhor obra de ficção do ano; em 2010, o Prêmio Camões; em 2011, mais um Prêmio Jabuti, com o livro de poesia Em Alguma Parte Alguma; e em 2014, foi considerado um imortal na Academia Brasileira de Letras.
Sua bibliografia é composta por diversas produções na área da poesia, contos e crônicas, teatros, memórias, literaturas, televisão e cinema.
Descanse em paz, poeta, ensaísta, crítico de arte, dramaturgo, biógrafo, tradutor e memorialista Ferreira Gullar!