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Depois de uma temporada de quatro meses na França, chega ao Memorial da América Latina, no dia 12 de novembro, a exposição “Brasil Naïf – Uma Viagem na Alma Brasileira”, que fica em cartaz até 30 de dezembro na Galeria Marta Traba.
Com acervo e curadoria do galerista franco-belga-brasileiro Jacques Ardie, a mostra pode ser entendida como a produção de um grupo de pintores que expressa livremente suas memórias e emoções, sem a orientação formal artística em que é criada uma linguagem inédita, pessoal e singular em casa obra.
Para isso, a exposição será divida em três períodos históricos. O primeiro com registros dos anos 40 conta com artistas como José Antonio da Silva, Chico da Silva e Silvia Chalreo, tida como pioneira do movimento. No começo dos anos 60 destaca-se outro grupo como Elisa Martins da Silveira e Julio Martins da Silva, entre outros nomes. Nos anos 70, o festeiro Bajado, o cantor Gilvan, o trabalho do campo do baiano Edson Lima e mais recentemente o expressivo Antonio de Olinda, ocuparam lugar de destaque na trajetória naïf.
Naïf é uma expressão de origem francesa que significa ingênuo ou inocente – ou seja, arte que pode ser entendida por qualquer leigo. O ícone dessa expressão artística é o francês Henri Rousseau, um trabalhador de alfândega que nas horas vagas dedicava-se a pintar cenas da natureza abusando das cores e exagerando no tamanho das flores, plantas e árvores, tendo seu talento reconhecido no final da vida, já no século 20, por intelectuais e artistas renomados da época, como Picasso, Apollinaire, Delaunay e Alfred Jarry. Foi a Arte Naïf que, em 1972, influenciou a corrente estética do Surrealismo de Salvador Dali.
Serviço
Exposição Brasil Naïf – Uma Viagem na Alma Brasileira
Abertura: dia 12/11, sábado às 16h
Data: de 12/11 a 30/12
Local: Galeria Marta Traba – Portão 2
Visitações: terça a domingo
Entrada gratuita
Classificação livre