Com Enrique Iglesias, Fundação conquista mais um parceiro internacional
São Paulo, 02 de maio de 2011 – A Fundação Memorial da América Latina ganhou nesta segunda-feira, 02, mais um aliado de peso na busca pela melhoria da qualidade de seus eventos artísticos-culturais. Em rápida cerimônia após palestra de Enrique Iglesias na FAAP, o atual Secretário Geral Ibero-Americano e o presidente do Memorial, Fernando Leça, selaram acordo de entendimentos que, em linhas gerais, propõe “o desenvolvimento de programas, projetos e atividades de cooperação em áreas de interesse mútuo, que serão definidas periodicamente”.
O documento tem vigência de três anos e pode ser renovado por igual período. Em 11 artigos sucintos, o texto define formatos de cooperação, pontos prioritários de atuação conjunta, acompanhamento e avaliação periódica. O memorando não prevê aporte financeiro para a consecução dos projetos que vierem a ser desenvolvidos, a menos que tal iniciativa seja senso comum entre as partes.
A SEGIB reúne 22 países americanos e europeus de língua espanhola e portuguesa e é dirigida por Enrique Iglesias desde 2005, quando ele deixou a presidência do BID. Antes de assinar o documento conjunto com a Fundação Memorial da América Latina, Iglesias fez palestra para economistas, empresários, diplomatas e alunos da FAAP. Dessa “Conversa com Enrique Iglesias”, participaram os ex-ministros Rubens Ricúpero, Sergio Amaral e Paulo Renato Souza e o ex-embaixador Rubens Barbosa.
Em hora e meia de palestra e debate, Iglesias demonstrou fôlego e rara lucidez para quem acaba de completar 81 anos, fez o diagnóstico da conjuntura político-econômica mundial, com enfoque nas questões da América Latina, e alinhavou um leque de tópicos que, segundo ele, devem ser implementados por países desenvolvidos e emergentes para afastar o fantasma da crise globalizada.
“A situação mundial é preocupante. Estamos deixando para trás um período de certezas”, enfatizou, ressalvando que, por enquanto, acima de previsões pessimistas estão a China e os emergentes da América Latina, onde o emprego continua aquecido, ao contrário do que se vê atualmente nos Estados Unidos.
Texto: Daniel Pereira
Fotos: Daniela Agostini
