6º Conferência Municipal – Produção Mais Limpa
Estratégias contra o efeito estufa serão criadas em Conferência
Propor caminhos para minimizar os efeitos do aquecimento global. Este é o objetivo da 6ª edição da Conferência de Produção Mais Limpa da cidade de São Paulo, que acontece em 22 de agosto. A idéia é reunir profissionais da área de tecnologia e meio-ambiente, população e administradores públicos na busca de estratégias contra o efeito estufa.
Ira Magaziner, diretor da Iniciativa de Mudanças Climáticas da Fundação Clinton (EUA), abrirá o evento. À frente do projeto que busca reduzir os custos das tecnologias que apresentam maior eficiência energética e fontes renováveis de energia, o especialista delineará o quadro construído pelas conseqüências do aquecimento global e o trabalho que a Fundação Clinton vem desenvolvendo para superar isso.
Na sequência, Carlos Nobre, pesquisador do INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) fala sobre “Mudança Climática e Grandes Cidades: Adaptação ou Mitigação?”. Balizados pelos temas “Desafio energético face às mudanças climáticas”, “A importância do Desenvolvimento Urbano para um município mais saudável” e “Transporte urbano na metrópole: impactos e soluções”, outros renomados especialistas brasileiros apresentarão iniciativas contra o aquecimento global.
Exemplo é a exposição da Professora Regina Maria Prosperi Meyer e de Luís Antônio Cortez do Metrô. Enquanto a professora apresentará o recente estudo urbanístico-ambiental sobre o vale do Tamanduateí, eixo da operação urbana diagonal sul, interfaces com o transporte urbano, Cortez analisará o Programa de conservação de energia/Impactos no sistema de transporte coletivo da cidade com a expansão do metrô.
O evento terá a presença do Prefeito Gilberto Kassab e da Ministra de Meio Ambiente, Marina Silva.
Urgência da questão
A queima desenfreada de combustíveis fósseis, vital para o progresso da sociedade industrial, fez da emissão do gás carbônico um efeito colateral para a saúde terrestre, provocando um aumento anormal das temperaturas do globo.
Só no último século a temperatura média da Terra subiu 0,7ºC, o que determinou graves alterações nos eixos naturais do planeta. Em um século o nível do mar elevou-se entre 10 e 25 centímetros, em trinta anos o número de regiões atingidas por secas dobrou e a cobertura de gelo do Ártico e da Groenlândia diminuiu 8% a cada ano. Estima-se, com isso, que 150 mil pessoas morrem todos os anos por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados ao aquecimento global.
Se a humanidade não revir sua conduta frente ao meio ambiente, prevê-se que até 2100 a temperatura média terrestre aumente de 1,8ºC a 4ºC. Neste ritmo, o nível do mar subiria de 18 a 59 cm, inundações, ondas de calor e ciclones violentos seriam mais freqüentes. Os refugiados climáticos suplantariam o número daqueles que deixam seus locais de origem por causa de guerras.
Por isso, diversas ações para reverter os efeitos do aquecimento global têm despontado no município. Exemplo disso é a Comissão de Estudos sobre o Aquecimento Global criada na Câmara Municipal de São Paulo. Presidida pelo vereador Gilberto Natalini, a comissão tem o objetivo de fomentar um debate que aprecie os problemas, impactos e a relação entre as causas e efeitos do aquecimento global com São Paulo.
A proposta da Conferência é ampliar os resultados destes estudos para todos os cidadãos e estimular o protagonismo popular nas ações cotidianas. “ A nossa idéia é mostrar que é possível produzir mais com menos”, explica Natalini.
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Serviço
6ª Conferência Municipal de Produção Mais Limpa
Local: Memorial da América Latina – Auditório Simon Bolívar
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo/SP
Data: 22 de agosto de 2007
Informações: (11) 3396-4405
