1) Paulo Alexandre Esteves Borges
Palestra “O sentido histórico-civilizacional e espiritual da cultura luso-brasileira no pensamento de Agostinho da Silva”.
Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde trabalha nas áreas de Filosofia da Religião, Filosofia em Portugal e Antropologia e Cultura. Membro do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. Doutorou-se em 2000 com uma dissertação sobre Metafísica e Teologia da Origem em Teixeira de Pascoaes. É autor, além de centenas de conferências e artigos em revistas científicas e obras colectivas, publicados em Portugal, Espanha, França, Itália e Brasil, das seguintes obras:
a) poesia:
Trespasse (Lisboa, Edições do Reyno, 1985)
Capital (Lisboa, Edições Jorge Cabrita, 1988)
Ronda da Folia Adamantina (Lisboa, Átrio, 1992)
b) ensaio filosófico:
A Plenificação da História em Padre António Vieira. Estudo sobre a ideia de Quinto Império na “Defesa perante o Tribunal do Santo Ofício” (Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1995)
Do Finistérreo Pensar (Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001)
Pensamento Atlântico (Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002)
(com Matthieu Ricard e Carlos João Correia) O Budismo e a Natureza da Mente, (Lisboa, Mundos Paralelos, 2005)
Agostinho da Silva. Uma Antologia (Lisboa, Âncora Editora, 2006)
Tempos de Ser Deus. A espiritualidade ecuménica de Agostinho da Silva (Lisboa, Âncora Editora, 2006)
Metafísica e Teologia da Origem em Teixeira de Pascoaes (Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006, no prelo).
Imaginário do Espaço, Espaços do Imaginário (Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, no prelo)
Línguas de Fogo. Paixão, Morte e Iluminação de Agostinho da Silva (romance, no prelo)
Coordena a edição das Obras de Agostinho da Silva, na Editora Âncora e no Círculo de Leitores.
Sócio-fundador e membro da Direcção do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira.
Integrou a Comissão Coordenadora da Primeira Visita de S.S. o Dalai-Lama a Portugal e integra a Comissão Dalai Lama Lisboa 2007.
É actualmente Presidente da União Budista Portuguesa e da Associação Agostinho da Silva, bem como Vice-Presidente da Casa da Cultura do Tibete.
Preside à Comissão das Comemorações do Centenário do Nascimento de Agostinho da Silva.
Mail: pauloaeborges@clix.pt
Página pessoal: www.pauloborges.net
2) Amândio Silva
Palestra “Reviver Agostinho no Brasil”.
Amândio da Conceição Silva, nasceu em Lisboa a 21 de Abril de 1938. Aos 20 anos, quando cursava o 3° ano da Faculdade de Direito de Lisboa, foi preso pela polícia política de Salazar por sua participação na chamada “Revolta da Sé”, em 12 de Março de 1959, primeira grande tentativa de derrube da ditadura, após as eleições de 1958, nas quais, apesar da gigantesca fraude nos resultados, o Gen. Humberto Delgado empolgou o povo português como líder da resistência, abrindo o período decisivo da queda do fascismo em Portugal.
Pela continuidade da sua militância anti-fascista, foi posteriormente condenado a pesadas penas, que não cumpriu por ter conseguido asilo político no Brasil, onde permaneceu até 1974, quando regressou a Portugal logo após a Revolução dos Cravos, chegando a Lisboa no memorável e inesquecível 1° de Maio de 1974.
Casado com Maria Ivone, desde 1960, tem dois filhos, Moema e João Afonso, ambos nascidos no Rio de Janeiro. Tanto ele como a mulher, apenas puderam concluir seus cursos já adultos, Amândio na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense, Maria Ivone no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, onde posteriormente veio a defender sua tese de mestrado sobre Merleau-Ponty.
Sua ligação ao Brasil permaneceu intensa e constante, tendo desempenhado nos últimos 20 anos uma atividade permanente de reforço das ligações culturais entre Portugal e Brasil.
Antes do 25 de Abril de 1974, no período do exílio, exerceu vários cargos no Brasil, na área comercial e financeira, em organizações como a Cia. Brasileira de Roupas (DUCAL), o SPC-Serviço de Proteção ao Crédito, Crefisul, Banco Província Rio Grande do Sul e Banco Nacional Brasileiro.
Após o 25 de Abril foi Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Emigração (1974/75), Administrador do Sector Intervencionado da Secretaria de Estado das Pescas (1977/80), Administrador dos Estaleiros Navais Parry & Son (1980/1984), Conselheiro da Embaixada de Portugal no Brasil (1984/1992), Secretário Geral da Fundação Luso-Brasileira Para o Desenvolvimento do Mundo de Língua Portuguesa (1992/2004) e, desde 2005, Diretor da Promotora Cultural “Mares Navegados”.
Foi dirigente do Partido Socialista, na Federação Urbana da Área de Lisboa, e membro da sua Comissão Nacional até 1984, tendo declinado dos cargos quando assumiu a função diplomática.
Como Secretário Geral da Fundação Luso-Brasileira, coordenou de 1998 a 2001 os grupos de trabalho de pesquisa do espólio de Agostinho da Silva no Brasil, nas cidades de João Pessoa, São Paulo, Florianópolis, Brasília e Salvador, do qual resultou a obra “Presença de Agostinho da Silva no Brasil”, a ser lançada neste ano de 2006, no âmbito das comemorações do Centenário do notável pedagogo português.
Como Secretário Geral da Fundação Luso-Brasileira, e agora como diretor de “Mares Navegados”, para além da intervenção em todo o Brasil no levantamento do espólio de Agostinho da Silva, são exemplos da sua ação iniciativas como:
1. Projeto “CUMPLICIDADES”, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, através do qual largas dezenas de artistas das áreas de teatro, cinema, música, dança e de artes plásticas portugueses se apresentaram nos nove Estados do Nordeste brasileiro (1993) com reciprocidade para artistas brasileiros em vinte e um municípios de Portugal (1994).
2. Promoção das primeiras apresentações em Portugal de artistas como Olívia Byington, Maurício Carrilho, Eduardo Duvivier, António Nóbrega e Leo Gandelman.
3. Desenvolvimento do projeto “BOLSAS PARA ESTUDOS LUSITANISTAS”, com o apoio do Itamaraty e parceria com a Biblioteca Nacional de Lisboa, onde fizeram suas pesquisas professores, desde universitários a primários, bibliotecários e outros técnicos dos países africanos de língua portuguesa (PALOP’s) e de Timor, com comunicações (algumas depois publicadas na Revista da Biblioteca), trabalho que mereceu a referência da CPLP como exemplo de integração e cooperação.
4. Organização das Comemorações em Portugal do “CENTENÁRIO DE JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA” , cuja exposição no Espaço Chiado, em Lisboa, mereceu inclusive a presença dos Presidentes Fernando Henrique Cardoso e Jorge Sampaio, para além de outras ilustres personalidades como Mário Soares, Maristela Kubitschek e vários Ministros de Estado e Embaixadores.
5. Organização do “1° FESTIVAL LUSO-BRASILEIRO DE CULTURA DE SERPA”, no Alentejo, dezessete dias de programação ininterrupta de artistas e grupos brasileiros e portugueses, com sete exposições de artes plásticas, uma semana de cinema brasileiro, primeira apresentação em Portugal dos cantores paulistas Ceumar e Na Ozetti e encenação da peça “O Fingidor”, de Samir Yasbek, também de São Paulo.
6. Apoio em Portugal à preparação da maratona cultural que foi o mês de “PORTUGAL EM NITERÓI”, em Abril de 2000, notável iniciativa levada a cabo pela Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Niterói.
7. Também em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, o Seminário “DITADURA E LIBERDADE”, que teve como intenção maior prestar homenagem ao Embaixador Álvaro Lins, também na sua condição de eminente crítico literário, realizado no Recife, nos 40 anos da edição do seu notável livro “Missão em Portugal”.
8. Permanente colaboração à Embaixada do Brasil em Portugal, mormente na celebração de eventos culturais organizados pelas equipes dos sucessivos Embaixadores que têm representado o Brasil, de forma mais expressiva com Dario Castro Alves, José Aparecido de Oliveira e Synésio Sampaio Goes.
3) Marcelo Ferraz
Palestra “Notas à margem da Presença de Agostinho da Silva no Brasil: de Dora e Itatiaia à Arquitetura na Mantiqueira”.
Nascido em Carmo de Minas, MG, em 1955, viveu até 1973 em Cambuí, MG, de onde saiu para estudar arquitetura. Formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1978.
Iniciou sua carreira em 1977, como estagiário e, posteriormente, como colaborador do arq. Lina Bo Bardi, com quem realizou o ‘SESC-Fábrica da Pompéia’, em São Paulo, os projetos para recuperação do Centro Histórico de Salvador, BA, e inúmeras outras obras públicas e exposições.
Mantém escritório com seu sócio Francisco Fanucci – ‘Brasil Arquitetura’, desde 1979, tendo realizado aí vários projetos privados e públicos com premiações no Brasil e exterior, a exemplo do ‘Bairro Amarelo’, em Berlim, Alemanha, e da ‘Villa Isabella’, em Hanko, Finlândia, ambos vencedores de concursos internacionais. Dentre os projetos do escritório, destacam-se o ‘Teatro Polytheama de Jundiaí’, o ‘Memorial da Imigração Japonesa de Registro’, SP, o ‘Museu Afro Brasil’, em São Paulo e o ‘Museu Rodin Bahia’, a ser inaugurado em novembro próximo.
É sócio fundador da ‘Marcenaria Baraúna’, onde desenvolve projetos de mobiliário, desde 1986. Foi colaborador de Oscar Niemeyer no projeto do ‘Museu Oscar Niemeyer’ de Curitiba. Publicou em 1992 o livro ‘Arquitetura Rural na Serra da Mantiqueira’. Dirigiu o ‘Instituto Lina Bo e P.M. Bardi’ de 1992 a 2001. Foi coordenador do ‘Programa Monumenta’ (Ministério da Cultura) para recuperação de sítios históricos, entre 2003 e 2004. Publicou em 2005 o livro ‘Brasil Arquitetura – Francisco fanucci e Marcelo Ferraz’, contendo obras selecionadas de seu escritório. Lecionou na ‘Washington University in Saint Louis’, USA, no primeiro semestre de 2006 como professor convidado. Desenvolve atualmente os projetos do ‘Museu do Pão’, na Serra Gaucha, e do ‘Shopping e Teatro do Bexiga’, em São Paulo.
4) Romana Valente Pinho
Palestra “De O Cristianismo ao Alcorão: as interlocuções filosófico-religiosas entre Agostinho da Silva, Dora e Vicente Ferreira da Silva”.
Mestre e doutoranda em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Membro do Projeto “Agostinho da Silva, Estudo do Espólio” (Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e Associação Agostinho da Silva). Prêmio D. Dinis do ano de 2001 para a área de Filosofia. Publicou, dentre outros, Essencial sobre Agostinho da Silva (Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006); Religião e Metafísica no Pensar de Agostinho da Silva (Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, no prelo).
5) Constança Marcondes César
Palestra “O sagrado na obra de Dora Ferreira da Silva”.
Professora titular da Faculdade de Filosofia da PUC de Campinas
Membro das seguintes agremiações:
Instituto Brasileiro de Filosofia
Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
Academia Brasileira de Filosofia
Academia Internacional de Filosofia
Academia de Ciências de Toulouse
Publicou, dentre outros, O Grupo de São Paulo (Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2000) e A Hermenêutica Francesa: Paul Ricoeur (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002).
6) Amon Pinho Davi
Palestra “Entre a Argentina, o Uruguai e o Brasil: andanças agostinianas de Latino-América”.
Doutorando em História das Representações Políticas pela FFLCH-USP.
Membro do Projeto “Agostinho da Silva, Estudo do Espólio” (Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e Associação Agostinho da Silva). Publicou, entre outros, Breve interpretação da teoria agostiniana da história portuguesa e Hermenêutica e materialismo histórico na encruzilhada da história: Leituras especulares de Gadamer e Benjamin.