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São Paulo, 11 de novembro de 2008.
O Memorial da América Latina abre suas portas para receber o Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual – Mix Brasil, que acontece na cidade de São Paulo, de 12 a 23 de novembro, em vários espaços. Além da programação de cinema, o evento conta com uma série de festas e shows espalhados pelas casas noturnas da cidade.
A Fundação recebe, no dia 12, às 21h, a abertura do Festival, com a exibição do filme israelense ‘Antarctica’, de Yair Hochner, somente para convidados. E no dia 17, às 21h, o Auditório Simón Bolíva vira palco para o ‘Show do Gongo’. Com apresentação de Marisa Orth, o show promete enlouquecer a platéia com a exibição dos curtas inscritos no festival e com os jurados Christian Pior, Ida Feldman & Michely Summer.
Criado em 1993, o Mix Brasil é o maior fórum de cinema GLBT da América Latina e uma das mais importantes vitrines para produções alternativas no Brasil. Esse ano, o festival bateu seu recorde na seleção de filmes brasileiros. Ao todo, são 51 produções de todo o território nacional. Os filmes apresentam um elenco de peso e conhecido do grande público como Caco Ciocler, Vera Zimmerman, Paola Oliveira, Ney Matogrosso, entre outros.
Na Mostra Competitiva Brasil participam 20 curtas-metragens. Esses filmes serão avaliados por um júri internacional composto por programadores de festivais no Uruguai, Espanha, Israel, Brasil e Alemanha.
O Panorama Internacional, seção do evento dedicada à exibição de novos longas-metragens que estão circulando em festivais internacionais no circuito GLBT, apresenta, nessa edição, uma significativa seleção de documentários que tem como tema acontecimentos e personagens que contribuíram para a construção de um histórico da cultura gay. Entre os destaques estão “Combinação Selvagem: um Retrato de Arthur Russell”, dirigido por Matt Wolf sobre Arthur Russell, músico extremamente versátil cuja obra póstuma vem sendo resgatada nos últimos anos, e “O Universo de Keith Haring”, de Christina Clausen, acerca do lendário artista nova-iorquino, que ganha notoriedade, no final dos anos 70, ao grafitar a giz as estações de metrô de Nova York.
Nesta edição, o Mix Brasil apresenta uma programação especial no MAM (Museu de Arte Moderna) coincidentemente num ano de Bienal, e retorna à sua primeira casa, o MIS (Museu da Imagem e do Som). Essa programação, que contou com a colaboração da curadora Kyle Stephan, surgiu da vontade de destacar, no festival, filmes e realizadores que estivessem propondo imagens transgressoras, narrativas inventivas, estéticas ousadas, como uma alternativa à "institucionalização" da cultura gay.
O Especial DLB vai apresentar filmes em que a artista participa nas mais diversas funções, muitas vezes sob pseudônimo. Uma boa parte dos curtas foi exibida nas primeiras edições do festival. Por isso, ele faz parte do especial Uma Noite no Museu, uma celebração a filmes trash, provenientes de subculturas, realizados dentro do espírito "faça você mesmo" e que estão, de diferentes formas, conectados com a história do Mix e a natureza underground de sua origem (Mix New York).
Também fazem parte dessa programação, “XX”, de Todd Verow, “Saila”, de Julia Ostertag, “Squeezebox”, de Zach Shaffer e Steven Saporito, entre outros. Esse programa será exibido no MIS, espaço onde nasceu o festival Mix Brasil, em 1993.
Este ano, a seção Mundo Mix – que nessa edição vem com o subtítulo Israel – apresenta, em parceria com o Centro de Cultura Judaica, dez longas e quatro curtas israelenses. O filme de abertura do evento é “Antártica”, de Yair Hochner, que vem ao Brasil a convite da Embaixada de Israel. Hochner, que também é diretor do Festival Internacional de Cinema GLBT de Tel-Aviv, apresentará também a produção Fucking Different Tel-Aviv, co-produzido em parceria com o cineasta alemão Kristian Petersen. Também é exibido “Japan, Japan”, do Lior Shamriz. Um filme cheio de frescor que teve sua estréia no 60° Festival de Locarno.
O 16° Mix Brasil, em sessões exclusivas, presta homenagem ao cineasta e artista inglês Isaac Julien exibindo dois de seus filmes: “Young Soul Rebels”, que o projetou internacionalmente quando recebeu o prêmio de melhor filme da Semana da Crítica, no Festival de Cannes, de 1991. O filme, ao som do funk dos anos 70, trata de racismo e intolerância mostrando a história de dois DJ’S negros de uma rádio pirata. E “Derek”, documentário sobre Derek Jarman, importante cineasta e cenógrafo inglês. Oito anos após a morte do cineasta, a atriz Tilda Swinton (ganhadora do Oscar pelo filme Conduta de Risco) escreve e publica uma carta fazendo uma reflexão sobre o estado das artes. O longa desenvolve-se a partir da leitura dessa carta, narrado pela própria atriz.
A seção Retrato Falado: Transgêneros Mostram Outra Face traz documentários sobre transexuais e travestis com o intuito de retirar o estigma de marginalidade desse segmento. Três dos filmes dessa mostra foram dirigidos por transgêneros. São eles She´s a Boy I Knew, de Gwen Haworth e Mulher-Vudu & Duas Cubas, Carolina Valencia.
A 16ª edição do Mix Brasil apresenta os programas de curtas-metragens Trash-o-rama, Sexy Boys, os clássicos Mix Jovem e Mapa das Minas. E essa edição conta com a criação de outros programas temáticos. O destaque fica para a seção Sangue Latino, que apresenta filmes como “Bramadero”, do mexicano Julián Hernández. Serão exibidos filmes da Costa Rica, Uruguai, Colombia, México, Argentina e Brasil.
O Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, que tem direção artística da jornalista Suzy Capó, direção executiva do produtor João Federici e direção de desenvolvimento do jornalista André Fischer.
Acompanhe a programação pelo site: http://www.mixbrasil.org.br/
Serviço:
16° Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual
Sessão de abertura
Dia 12 de novembro de 2008, às 21h
Somente para convidados
Show do Gogo
Dia 17 de novembro, às 21h
Ingresso: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia entrada)
Memorial da América Latina – Auditório Simón Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda