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Memorial oferece três espetáculos gratuitos na quinta
(Também haverá debates e lançamento de livro)
Ele é um homem comum que conta sua história de vida tentando transformar sua dor em divertimento para a platéia. É Tom Pain, uma obra baseada em nada, do grupo mexicano Entre Piernas Produções.
Um casal ambicioso e cheio de planos que se desmoronam quando recebe uma estranha e reveladora correspondência do FBI sobre o passado deles. Ela é Vitória, jornalista. Ele, Daniel, advogado. A vida deles é uma combinação explosiva. Eles são o casal Tu Ternura Molotov, produção colombiana.
O mago Próspero, a filha Miranda e seus fiéis escravos Calibã e Ariel vivem em uma ilha paradisíaca repleta de labirintos, aventuras e revelações. Nela, a natureza é imprevisível. Tudo pode acontecer com A Tempestade e os Mistérios da Ilha, do grupo gaúcho Santa Estação Cia de Teatro.
Essas três montagens de diferentes temáticas são as atrações do quarto dia da terceira edição do Festibero 2010 realizado pelo Memorial da América Latina. A história de Tom Pain será levada no Circo Teatro Tubinho, a partir das 18 horas. A peça é um desafio para criófobos (pessoas que tem fobia de frio): o ator, Gerardo Trejoluna, passa o tempo inteiro sentado ou imerso em um grande cubo de gelo. O texto, do americano Will Eno, tem Alberto Villarreal na direção.
Quando todo gelo tiver se transformado em água, ali pelas sete da noite, começa na platéia B do Auditório Simon Bolívar a trama que envolve do casal que sonhava com o jet set social e econômico. Não será difícil identificar na história de Vitória e Daniel casos que rotineiramente saem das colunas sociais para as páginas policiais. O diretor Wilson León Garcia D, dá a deixa: “Há (no casal) um terror cotidiano, produto de nossas convicções, preconceitos e até mesmo as idéias que mais defendemos e queremos”. O par central desse humor negro de autoria do venezuelano Gustavo Ott são os atores Jairo Camargo e Patrícia Tamayo.
Agora que todo mundo já sabe o que continha o explosivo pacote, é só transferir-se para a platéia A do Simon Bolivar, onde às 21 horas abrem-se as cortinas e começa o espetáculo final do dia. E nada melhor para encerrar a noite do que um conto de mágica com o texto que Hermes Bernardi Jr., adaptou do original de Shakespeare para a direção de Jezebel de Carli. Os atores e bailarinos do coletivo teatral Santa Estação, de Porto Alegre, querem justificar o cartel de prêmios acumulados nos sete anos de vida.
Entre um e outro espetáculo, há boas opções para quem quiser espairecer e agregar informação. Uma delas, a partir das 20 no foyer do auditório, é a sessão de autógrafos de livros da editora da Imprensa Oficial, entre eles Os Satyros, de Alberto Guzik. Antes disso, às quatro da tarde, tem início a Mesa de Debates com um respeitável elenco de diretores, autores e atores/atrizes: Ligia Cortez, Zé Carlos Andrade, Rodolfo Garcia Vasques, Pilar Nunes, Lucia Capuani. (Daniel Pereira)