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Projeto Adoniran apresenta show de Moraes Moreira
O cantor e compositor Moraes Moreira ?eletrifica? o Memorial com seus sucessos dos tempos dos Novos Baianos, bem como com as músicas que – a partir do alto do Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar, em Salvador – contagiaram o Brasil. ?Pombo Correio?, ?Festa do Interior?, ?Acabou Chorare?, ?Preta Pretinha?, “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira”, “Forró do ABC” são apenas alguns deles. É oportunidade também para conferir os novos rumos da carreira de Moraes Moreira, que incorporam outras influências, como a da música orquestral.
O show com preço subsidiado de R$ 15,00 e meia-entrada faz parte das homenagens do centenário de nascimento deste que é mais paulista e universal ao mesmo tempo dos compositores brasileiros, Adoniran Barbosa, que na Fundação Memorial da América Latina é comemorado o ano inteiro.
Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João, batizados e casamentos em Ituaçu (BA), onde nasceu. Na adolescência aprendeu violão e após concluir o científico mudou-se para Salvador. Lá conheceu Tom Zé e inscreveu-se no Seminário de Música, entrando em contato também com o rock’n’roll e com Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, com quem formaria mais tarde os Novos Baianos na companhia de Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Jorginho, Baixinho, Bolacha e Dadi. Deixou os Novos Baianos em 1975 e seguiu carreira solo, se dedicando principalmente ao carnaval da Bahia.
Tendo como referências Braguinha, Zé Kéti e Lamartine Babo, entre outros, passou a estudar os ritmos que compunham o carnaval: samba, marcha, marcha-rancho, frevo. Foi cantor do Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar e lançou em 1978 o sucesso “Pombo Correio”, música instrumental da dupla que ele colocou letra. Nos anos 80, depois de estourar nas rádios e nos carnavais com “Festa do Interior” na voz de Gal Costa, se afastou um pouco do meio carnavalesco, por acreditar que a festa popular estava perdendo sua essência em favor da comercialização.
Compôs o disco “O Brasil Tem Concerto”, com influências da música erudita orquestral. Em seguida, o CD “Moraes Moreira Acústico”, com versões acústicas de seus maiores sucessos, teve boas vendagens. Em 1997 lançou dois CDs: o comemorativo “50 Carnavais” e “Infinito Circular”. Com mais de 30 discos gravados, suas composições que mais fizeram sucesso são “Acabou Chorare”, “Preta Pretinha”, “É Ferro na Boneca”, “Dê um Rolê” (todas com Galvão), “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira” (com Pepeu Gomes), “Pão e Poesia”, “Meninas do Brasil”, “Bloco do Prazer”, “Coisa Acesa” (todas com Fausto Nilo), “E Assim Pintou Moçambique” (com Antônio Risério) e “Forró do ABC” (com Patinhas).
Serviço:
19 de agosto, quinta, 20h30
Projeto Adoniran: Moraes Moreira
Auditório Simon Bolívar. Ingresso: R$ 15,00 e meia-entrada. Bilheteria: dia 18, das 14 às 19h, e dia 19, a partir das 14h