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São Paulo, 25 de junho de 2009.
Durante a década de 90, o cinema latino-americano assistiu ao surgimento de novos cineastas (a partir daí, oriundos em boa parte de cursos e escolas de cinema), a modificação dos modelos de produção (com inserção das cinematografias nacionais no circuito internacional) e a valorização do domínio técnico e narrativo. Na retrospectiva do 4° Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo estão títulos que representam a multiplicidade de propostas do cinema realizado neste período, característica da produção na região até hoje.
Nove longas-metragens, acompanhados por nove filmes curtos, compõem a retrospectiva. Entre os brasileiros estão os marcos da Retomada do Cinema Brasileiro: “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil” (1995), de Carla Camurati, ”Os Matadores” (1997), de Beto Brant, “Baile Perfumado” (1996), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, e “Um Céu de Estrelas”, de Tata Amaral. Os curtas que representam o Brasil trazem assinaturas de Jorge Furtado (“Esta Não é a Sua Vida”, 1991), Marcelo Gomes (“Maracatu, Maracatus”, 1995), Laís Bodanzky (“Cartão Vermelho”, 1994) e Karim Aïnouz (“Seams”, 1993).
A programação traz ainda obras do início de carreira do chileno Andrés Wood (“Histórias de Futebol”, 1997), do mexicanos Carlo Marcovich (“Mas Quem Diabos é Juliette”, 1997), do colombiano presente no festival Victor Gavíria (“Rodrigo D: No Futuro”, 1990) e dos argentinos Marcelo Piñeyro (“Cavalos Selvagens”, 1995) e Pablo Trapero (“Mundo Grua”, 1998). Estes longas são exibidos tendo por complemento os curtas “Sístoles, Diástoles” (México, 1998), de Carlos Cuarón, “Meninos Envolvidos” (Argentina, 1995), de Daniel Burman, “O Herói” (México, 1993), de Carlos Carrera, “No Espelho do Céu” (México, 1997), de Carles Salces, e “Paraelisa” (Peru, 1999), de Josué Méndez.