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Disciplina de pós-graduação da Faculdade de Educação e curso de extensão destinados a educadores da rede pública de São Paulo ocorrerão semanalmente na Fundação durante o primeiro semestre de 2024.
A aula inaugural, que tratou do trabalho do educador Darcy Ribeiro e do arquiteto Oscar Niemeyer, foi aberta à comunidade acadêmica e interessados, a disciplina contou com a inscrição de 67 professores da rede estadual de são paulo (que se candidataram para o curso de extensão) e 15 alunos de pós-graduação da Faculdade de Educação da USP.
A displina tem limite de 40 aulos, sendo 15 vagas reservadas para os alunos de Pós Graduação e 35 vagas para o curso de extensão. Devido a alta demanda, a coordenação optou por fazer um processo de seleção.
O evento ocorreu dia 7 de março, no auditório da Biblioteca Latino-americana junto ao lançamento da edição 62 da revista Nossa América
Durante o primeiro semestre de 2024, o Memorial da América Latina vai sediar o projeto acadêmico “Educação na América Latina: Histórias, Movimentos, Resistências e Proposições”, uma disciplina de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP) e um curso de extensão, coordenado e ministrado pela professora Sônia Kruppa (FEUSP), juntamente com os professores convidados: João Branco (FEUSP), Marilene Proença (PROLAM), Ester Rizzi (EACH), Wagner Tadeu Iglecias (EACH) e Fábio Mascarenhas (FD/USP).
A referida disciplina destina-se aos alunos de pós-graduação da Faculdade de Educação da USP. Já o curso de extensão, criado por uma iniciativa da Prof. Ruth Rodrigues dos Reis, diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Saturnino Pereira, será destinado a educadores da rede pública de São Paulo e contará com certificação. Os encontros de ambas as ações ocorrerão simultaneamente, sempre às quintas-feiras, das 19h às 22h, de 7 de março a 4 de julho, no Anexo dos Congressistas.
A comunidade acadêmica e interessados poderão participar da aula inaugural, que ocorrerá em 7 de março (quinta-feira), a partir das 18h, no Auditório da Biblioteca Latino-Americana, juntamente com o lançamento da Revista Nossa América – Edição 62. No evento serão debatidos os ideais do educador Darcy Ribeiro e os trabalhos do arquiteto Oscar Niemeyer. Ao final, o educador do Memorial da América Latina, Sidnei Silva, fará uma visita guiada pela Fundação.
Sobre o projeto
Este curso é fruto do planejamento das ações de 2023 pelo Núcleo de Avaliação Institucional – NAI-FEUSP, que culminou no Seminário “Educação na América Latina: História, Movimentos, Resistências e Proposições”, realizado anteriormente no Memorial da América Latina. Esta iniciativa visa estudar, analisar e discutir a América Latina, especialmente a partir do século XX, avaliando o conjunto de movimentos, resistências e proposições que surgiram neste contexto, a fim de compreender os problemas atuais e suas consequências no campo educacional.
A coordenadora da disciplina e professora da Faculdade de Educação da USP, Sônia Kruppa, definiu: “O objetivo da disciplina é trazer a América Latina para o conhecimento, discussão e debates dos educadores e das escolas, e também, ao fazermos isso, aproximarmos a universidade da escola pública e do Memorial”. Para a professora, o Memorial é uma emblemática sede para realização “O Memorial é uma instituição que dignifica qualquer cidadão latino-americano, sendo um espaço de grande importância, não apenas por sua arquitetura, mas também pelo que representa: um local de encontro e preservação da memória de um povo e de suas lutas […] O Memorial existe e é extremamente relevante; a América Latina existe, e ainda não alcançamos a força necessária para promover o diálogo transformador entre os países latino-americanos e esta disciplina é uma contribuição nessa direção.”
Kruppa reforça sua entusiasmada expectativa com a disciplina e a parceria com o Memorial, ressaltando a alegria em torná-la aberta: “Estamos muito ansiosos com relação à disciplina e acreditamos que pessoas de diferentes áreas possam se unir e fortalecer, incluindo professores e diretores de escolas públicas, estudantes da USP e a equipe do Memorial. Esperamos que essa união de diferentes atores nos permita pensar em conjunto sobre quais ações tomar. Por esse motivo, a disciplina está aberta.”
Para participar, os educadores da rede pública e estudantes da USP interessados precisarão se inscrever entre os dias 26 e 29 de fevereiro pelo sistema Apolo – http://e.usp.br/pqt . A aula introdutória será uma sessão aberta para todos os públicos no Auditório da Biblioteca Latino Americana, com uma exposição sobre Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer, seguida de uma visita guiada ao acervo do Memorial da América Latina.
A disciplina será dividida em três grandes eixos. O primeiro discutirá as proposições teóricas e a atuação política dos autores da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) que possuem influência para a compreensão do desenvolvimento econômico e social latino-americano, de forma a analisar a educação nesse debate. O segundo eixo analisará o México, contextualizando os processos históricos, políticos e sociais que movimentaram e movimentam este país nos últimos 100 anos, com ênfase na Revolução Mexicana e a configuração do Estado Mexicano pós-revolucionário, a atuação de movimentos sociais (indígenas, camponeses e docentes) e seus reflexos em proposições pedagógicas na atualidade. O terceiro terá por foco a avaliação do caso Chileno, por meio da análise da constituição do Governo Allende e o Golpe de Estado, o processo de avanço das políticas neoliberais, as influências sobre a educação, o movimento de resistência dos estudantes e os desafios da nova constituição. O conteúdo será dividido em catorze tópicos. Os dois primeiros serão introdutórios à disciplina e os demais serão divididos em três partes, contendo quatro aulas em cada eixo.
Confira o programa completo da disciplina:
México
Chile
14.Estudantes secundaristas brasileiros e chilenos: a ocupação das escolas como estratégia de luta pela democratização da escola.