No dia 26 de abril, a Virada Cultural promete agitar a cidade de São Paulo. Serão mais de 24h de programação espalhadas por toda a cidade. O espaço arquitetônico projetado por Niemeyer também entra na brincadeira e promove eventos para incrementar ainda mais a salada cultural da metrópole paulista. No cardápio, shows e artes plásticas.
A Virada no Memorial conta com uma grande novidade: à meia-noite de sábado para o domingo “descobrir Guayasamín” será uma boa opção para aqueles que preferem um passeio tranqüilo em meio a obras de arte ao invés dos turbulentos shows no centro da cidade.
A exposição “Descobrindo Guayasamín”, que está aberta ao público na Galeria Marta Traba do Memorial, terá visita guiada bilíngüe (português e espanhol) com a artista plástica e professora da Faculdade Belas Artes Ângela Barbour. Será uma ótima oportunidade para os interessados conhecerem de perto os trabalhos deste grande artista equatoriano.
Pouco conhecido no Brasil, embora sua obra circule mundialmente pelos principais museus e galerias (neste momento, em Washington, D.C., está em cartaz uma grande exposição de sua obra), Oswaldo Guayasamín (1919 – 1999) é um dos relevantes nomes do “expressionismo indígena”. Sobre o pintor, Pablo Neruda testemunhou: “Os nomes de Orozco, Riviera, Portinari, Tamayo e Guayasamín formam a estrutura andina do continente”.
A boa música continua com lugar garantido no Auditório Simon Bolívar. No dia 26, ás 21h, a Orquestra Jovem Tom Jobim realiza o concerto “Américas e Áfricas”, com os convidados especiais Willy Verdaguer (baixista e maestro pop e folk latino-americano) e o grupo da dançarina, cantora e coreógrafa Fanta Konatê (danças africanas).
Willy Verdaguer chegou ao Brasil em 1967, integrando o grupo Beat Boys. Participou dos festivais da Record com Caetano Veloso e Gilberto Gil e fundou, em 1980, o grupo Raíces de América.
A cantora e bailarina guineana Fanta Konatê, por sua vez, é filha do mestre Djembefolá Famoudou Konate. Sua família é uma das mais representativas da arte tradicional Malinkê, da Região do Hamaná, nas savanas da Guiné, onde surgiram o tambor Djembê e a música dos Griots.
O repertório de seu primeiro disco é baseado em temas tradicionais de sua aldeia, preservados desde o Império de Mali (Séc XIII). Nos shows, é acompanhada pela Troupe Djembedon que também utiliza recursos multimídia para dar o tom dos ambientes e dos temas abordados em cada canção.
No dia seguinte, às 18h, para encerrar a virada em grande estilo, nada melhor do que o show da orquestra de tango De Puro Guapos. Trata-se de um octeto formado por seis músicos brasileiros e dois argentinos. Apresenta um repertório instrumental de tangos e milongas tradicionais (de 1910 a 1960), e a música de Astor Piazzolla.
No repertório encontram-se “Derecho Viejo” e “El marne”, de Eduardo Arolas, “Sur”, de Aníbal Troilo, as milongas “Taquito Militar” de Mariano Mores e “Milonga de mis Amores”, de Pedro Laurenz, além de várias canções de Astor Piazolla como “Adiós onino”, “Libertango” e “Buenos Aires Hora Cero”.
Virada Cultural no Memorial
Dia 26/04
21h – Orquestra Jovem Tom Jobim – Américas e Áfricas
(gratuito; não é necessário retirar ingresso).
24h – Descobrindo Guayasamín – monitoria bilíngüe para a exposição
Dia 27/04
18h – De Puro Guapos – orquestra típica de tango
(Retirar ingresso gratuito a partir das 14h)
Entrada franca
Memorial da América Latina – Auditório Simón Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda (ao lado do metrô)
Tel.: (11) 3823-4600