
A cantora Maria Odette, voz consagrada da era dos festivais da música brasileira, apresenta show intimista no Projeto Adoniran, nesta quinta-feira, 25, na Sala dos Espelhos do Auditório Simón Bolívar, deste Memorial. Acompanhada pelo maestro e pianista Adylson Godoy, a artista revive canções memoráveis dos grandes festivais. Além de comandar as teclas, no palco, Godoy é responsável também pelos arranjos e pela direção musical do show.
Maria Odette e Adylson Godoy interpretam “Ponteio” (Edu Lobo e Capinam); “Boa Palavra” e “Um dia” (Caetano Veloso), ambas defendidas por ela, respectivamente, no Festival Nacional da MPB da TV Excelsior e Festival de Música Popular Brasileira da TV Record; “Arrastão” (Vinícius de Moraes e Edu Lobo); “Disparada” (Geraldo Vandré e Theo de Barros); “Domingo no Parque” (Gilberto Gil); “Heróica” (Adylson Godoy), vencedora de festival na Venezuela na voz de Sílvia Maria, e várias outras. Por fim, Maria Odete, homenageia Adoniran Barbosa, fazendo “Trem das Onze” e “Bom Dia Tristeza”, única parceria do mestre com Vinícius de Moraes.
A intérprete Maria Odette – que aos sete anos já cantava em programas de rádios – foi uma das responsáveis pelo lançamento de Caetano Veloso como compositor, ao defender “Boa Palavra”, em 1966, no II Festival da Música Popular da TV Excelsior, que a consagrou nacionalmente, e “Um Dia”, no II Festival da Música Popular Brasileira da TV Record.
No final dos anos 50, ela havia ganho o primeiro lugar no programa de calouros animado por Hebe Camargo, na TV Paulista, sendo contratada pela emissora. Nos anos 60, conquistou o troféu Roquete Pinto. A partir daí, lançou vários compactos simples, sendo o primeiro justamente com as canções “Boa Palavra” e “É de Manhã”, ambas de Caetano Veloso, e, logo em seguida, outro com “Um Dia” (C. Veloso) e “Levante” (Geraldo Vandré).
Maria Odete participou das trilhas sonoras das novelas "Semideus" (Globo, 1973), "Um Dia o Amor" (Tupi, 1975) e "Um Homem Muito Especial" (Bandeirantes, 1980). Em 1974, fez parte da coletânea "Sambas que Marcaram", com a faixa “Refém da Solidão” (Baden Powell e Paulo C. Pinheiro) e, no ano seguinte, cantou “Quarto de Despejo” (Isolda e Milton Carlos) na Super Parada Tupi – vol. 2.
Em 1967, participou do III Festival da Música Popular Brasileira, cantando “Canção do Cangaceiro Que Viu a Lua Cor de Sangue” (Chico de Assis e Carlos Castilho) e, em 1968, do III Festival Internacional da Canção Popular com “Herói de Guerra” (Adilson Godoy). No ano seguinte, foi a vez do IV Festival Internacional da Canção Popular (TV Globo), interpretando “Sagarana” (João de Aquino e Paulo C. Pinheiro), e do V Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), com “Monjolo” (Dino Galvão Bueno e Milton Eric Nepomuceno) que ficou em sexto lugar. Em 1979, participou do I Festival dos Estudantes Programa Flávio Cavalcanti, cantando “Eu Demônio Eu Poeta” (F. de Figueiredo, S. Benchimol e R. Marques).
Até o início dos anos 2000, Maria Odette se apresentou nas mais sofisticadas casas noturnas de São Paulo, quando se afastou temporariamente do meio artístico para se dedicar à sua formação acadêmica. Ela se formou em Direito e só agora, retomou a carreira ao lado do maestro Adylson Godoy para reviver os grandes festivais que deram a grande guinada na história da música deste País.
Projeto Adoniran
Show: Maria Odette & Adylson Godoy
Músicos: Maria Odette (voz) e Adylson Godoy (piano, arranjos e direção musical)
Dia 25 de março – quinta-feira – às 20h30
Memorial da América Latina – Sala dos Espelhos
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda/SP – Tel: (11) 3823-4600
Ingressos: Grátis (não há distribuição de ingressos; a sala será aberta às 20 horas).
Duração: 1 hora – Censura: Livre – Capacidade: 100 lugares
Ar condicionado. Acesso universal.
Estacionamento (Portão 15) sem manobrista: R$ 10,00. Entrada/pedestres: Portão 13.