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“Água fria do mar” abre, para convidados, o 5º Festlatino
no dia 12 de julho, a partir das 20h30
Belas praias, uma exuberante floresta tropical, vulcões que invariavelmente entram em erupção para assustar seus cerca de 5 milhões de habitantes. Estes são alguns dos lugares-comuns que fazem parte do nosso imaginário sobre a Costa Rica. Ainda assim, até hoje, não poderíamos afirmar muito sobre a cinematografia costarriquenha, nem mesmo, clichês.
A jovem cineasta Paz Fábrega parece estar mudando esta história com seu “Água Fria do Mar” (2009). O filme, que recebeu o prêmio do júri no International Film Festival de Rotterdam deste ano e participou das competições oficiais do festival de Toulouse e do BAFICI (Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente), vem sendo apontado como um dos responsáveis pela retomada do cinema em seu país.
O mote é aparentemente simples: no reveillon, casal dirige até a costa do Pacífico sul de seu país e, ao chegar, no meio da noite, encontram menina que fugiu de casa. Eles decidem descansar e tentar encontrar ajuda na manhã seguinte. Mas, quando acordam, a menina desapareceu. A partir do desenrolar desta história, Paz Fábrega busca capturar, segundo suas palavras, um sentimento de paralisia que é específico de um país pequeno, tradicional, onde nada acontece, e a juventude ainda é vista como uma doença a ser curada pelo tempo.
“Água fria do mar” é seu primeiro longa-metragem e foi desenvolvido no laboratório de roteiristas de Sundance. Co-produzido por Costa Rica, França, Espanha, Holanda e México, foi todo filmado com não-atores, segundo Paz, tanto pela falta de atores profissionais em seu país, como pela incrível contribuição pessoal que estes dão aos seus personagens.
Nascida em 1979, em San Jose, capital da Costa Rica, Paz estudou fotografia e jornalismo antes de entrar na London Film School. Filmou “Temporal”, seu curta de conclusão de curso, na zona rural costarriquenha, em 2006 e com ele competiu em diversos festivais internacionais. Seu segundo curta “Cuilos”, gravado em San José, em 2008, estreou em agosto do mesmo ano na competição internacional do Festival de Locarno.
Ficha técnica:
Direção e Roteiro: Paz Fábrega
Fotografia: Maria Secco
Edição: Nathalie Alonso
Produção: Jean des Forêts, Paz Fábrega, Fernanda Del Nido, Els Vandevorst
Produtoras: Temporal films, Lês Films du Requin, Tic Tac Producciones, Isabella Films, Pimienta Films
Elenco: Montserrat Fernandez, Lil Quesada Morua, Freddy Chavarría, Annette Villalobos, Luis Carlos Bogantes.
Duração: 83 minutos
Serviço:
5º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo
12 a 18 de julho de 2010
Memorial da América Latina – Av. Auro Soares de Moura Andrade 664, Barra Funda
Cinesesc – Rua Augusta 2075, Cerqueira Cesar
Sala Cinemateca – Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Mariana
Museu da Imagem e do Som – Av. Europa, 158, Jardim Europa
Cinusp Paulo Emílio – Rua do Anfiteatro 181 favo 4, Cidade Universitária
ENTRADA FRANCA
Oficinas Audiovisuais do 5º Festlatino
Homenagem a João Batista de Andrade
Confira como foram as edições passadas: